1999
DOI: 10.7322/jhgd.39447
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O Processo De Socializaçao Na Educação Infantil: A Construção Do Silencio E Da Submissão

Abstract: Este trabalho procura compreender a socialização, no que tango às relações étnicas estabelecidas no espaço da pré-escola e no espaço familiar. A fim de desenvolver a análisedesejada, foi realizada uma pesquisa de campo de maneira a, através da observação sistemática do cotidiano escolar, aprender como são estabelecidas as relações interpessoais entre professores e alunos. Além disso, foram realizadas entrevistas com o corpo docente, com as crianças e seusfamiliares, buscando compreender como percebem, entendem… Show more

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“…A seguir, as sete temáticas são analisadas e são discutidos os principais achados dos estudos. ALVES, 2014;AMARAL, 2013;BASTOS, 2015;CAVALLEIRO, 1999;CHISTÉ, 2015;FEITOSA, 2012;GAUDIO, 2015;MARTINS, 2006;SANTIAGO, 2014;SANTIAGO, 2015;SANTOS, 2008;SILVA, 2010;TRINIDAD, 2015;TRINIDAD, 2016 Apesar de a escola ser um lugar privilegiado na construção de identidades e na socialização das crianças, esse não é um privilégio vivenciado por todas as crianças de forma positiva, como mostram esses estudos. As percepções negativas de si mesmas e as construções de identidades inferiorizadas demonstram que a escola é também um lugar de conflito, principalmente na trajetória das crianças negras.…”
Section: Cruz (2014) -Artigounclassified
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“…A seguir, as sete temáticas são analisadas e são discutidos os principais achados dos estudos. ALVES, 2014;AMARAL, 2013;BASTOS, 2015;CAVALLEIRO, 1999;CHISTÉ, 2015;FEITOSA, 2012;GAUDIO, 2015;MARTINS, 2006;SANTIAGO, 2014;SANTIAGO, 2015;SANTOS, 2008;SILVA, 2010;TRINIDAD, 2015;TRINIDAD, 2016 Apesar de a escola ser um lugar privilegiado na construção de identidades e na socialização das crianças, esse não é um privilégio vivenciado por todas as crianças de forma positiva, como mostram esses estudos. As percepções negativas de si mesmas e as construções de identidades inferiorizadas demonstram que a escola é também um lugar de conflito, principalmente na trajetória das crianças negras.…”
Section: Cruz (2014) -Artigounclassified
“…No que se refere à postura da escola, o estudo de Lins Rodrigues (2013) observou que o racismo tem agido, a partir de um processo de invisibilização da negritude e da cultura afro. Assim, seus efeitos influenciam de forma que as crianças e jovens negros tenham seus traços, história e cultura desvalorizados, Estudos também observaram que a postura dos professores tem contribuído na manifestação do racismo contra as crianças negras (a saber, ALVES, 2014;CAVALLEIRO, 1999;FEITOSA, 2012;FRANÇA, 2017;ABRAMOWICZ, 2010;SILVA, 2002). Silva (2002) Na situação acima, as autoras também descrevem que as meninas preferidas pelas professoras eram caracterizadas como "princesas" ou como "filhas", sendo estas as crianças brancas, já as negras sempre passavam despercebidas pelas professoras, como se não merecessem atenção, elogio e carinho, tal como as crianças brancas.…”
Section: Racismo Professores E Escolaunclassified
“…Em termos de violências raciais, mesmo na educação infantil, as crianças já percebem e reproduzem as hierarquias raciais no ambiente escolar, já percebem que suas diferenças são desvalorizadas frente às humanidades dos demais (SANTIAGO, 2015). Seja pelo tratamento que elas e suas famílias recebem das demais crianças, das/os professoras/os e/ou da instituição (CAVALLEIRO, 2000;CAVALLEIRO, 1999;NUNES, 2017;SANTIAGO, 2015).…”
Section: As Hierarquias Raciais Na Escolaunclassified
“…Assim, a trajetória de socialização envolve os diversos contextos em que a criança está inserida: família, escola, grupos de iguais, vizinhança e a sociedade em geral. As pesquisas que tratam sobre socialização e relações raciais com famílias negras (Barbosa, 1983;Cavalleiro, 1999) correlacionadas com outros estudos sobre modelo de socialização e desenvolvimento humano (Seidl-de-Moura;Mendes;Pessôa, 2009;Keller, 1998) têm sido fontes importantes para apreender como as crianças negras interagem e como são recebidas nesses espaços, especialmente no que tange ao ambiente familiar e à escola, além de fornecer dados importantes sobre como os pais e os professores lidam com as questões advindas das relações raciais.…”
Section: Introductionunclassified
“…(Cavalleiro, 1999, p. 47) No caso das famílias estudadas, embora os adultos e os jovens estejam preparando os filhos para a vida social, é possível identificar que ainda persistem lacunas de pertencimento e identificação racial dentre os próprios grupos, que desconsideram o caráter multiétnico presente na população brasileira. A pesquisa de Cavalleiro (1999) vai ao encontro dos estudos de Schucman e Gonçalves (2017) quando aborda as possíveis consequências do tratamento que as crianças negras recebem, tanto no âmbito familiar quanto no escolar, marcad por constantes humilhações e rejeição, contribuindo para o condicionamento dos negros ao fracasso, à submissão e ao medo, dificultando a construção de uma identidade positiva. Cavalleiro (1999) apresenta ainda outro fator agravante presente nas relações étnico-raciais que é o lugar da criança branca.…”
Section: Introductionunclassified