O Problema Do Café No Brasil

Netto, Antonio Delfim

doi:10.1590/0101-416150211adf

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“…Quando Rio Branco faleceu, em 1880, os efeitos do reformismo continuísta apenas ratificaram a contradição nodal que o antigo chefe de gabinete havia intensificado. Apesar do declínio no preço do café após a crise de 1875 e da consequente queda no valor das exportações, o pacote de auxílios à lavoura deu sobrevida à produção vale-paraibana, que até 1880 cresceu 30% em relação a 1875 (DELFIM NETTO, 2009NETTO, [1959. Foi o último alento à cafeicultura fluminense, que daí em diante entrou em queda definitiva: não à toa, porque o Banco do Brasil, diferentemente de Rio Branco, compreendeu que o negócio cafeeiro do Vale do Paraíba não prosperaria a longo prazo.…”

Section: Conclusãounclassified

A recunhagem da moeda imperial: as reformas do visconde do Rio Branco (1871-1875)

Goyena Soares

2024

Rev. hist.

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Incluída a Lei do Ventre Livre (1871), fartamente tratada na literatura historiográfica, as demais reformas empreendidas pelo visconde do Rio Branco quando à frente da presidência do Conselho de Ministros (1871-1875) tenderam a ser analisadas separada e tematicamente, sem produzir, portanto, um sentido para o conjunto da obra. Buscando suprir a lacuna mediante fontes primárias sobretudo orçamentárias e bancárias, propõe-se no artigo que o governo de Rio Branco remediou a medida emancipacionista com reformas financeiras, produtivas e tributárias, com vistas a serenar uma lavoura irrequieta com a eventual abolição. Em que pese a ampla paleta de reformas, também aqui examinada, o capital mobilizado por Rio Branco foi especialmente destinado aos cafeicultores do Vale do Paraíba. O processo contou com larga participação do Banco do Brasil, para onde se deslocava o grande capital cafeeiro fluminense. Assim, argumenta-se que o gabinete de Rio Branco reconduziu pela via da dívida pública, agora muito ampliada, um tipo de reformismo desigual já vislumbrado na década de 1850: operou-se, ao todo, uma recunhagem da moeda imperial.

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Section: Conclusãounclassified

A recunhagem da moeda imperial: as reformas do visconde do Rio Branco (1871-1875)

Goyena Soares

2024

Rev. hist.

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“…The abrupt halt in price increases after 1924 was a result of changes in monetary policy, which sharply reduced the money supply (Peláez and Suzigan 1981, p. 185). The sudden decrease in prices after 1929 was a direct result of Brazil's banking crisis, which caused rural workers, especially in coffee plantation areas, to accept wage reductions of up to 40 per cent (Delfim Netto 2009, p. 119). Despite similar trends across states, prices in the city of Rio de Janeiro presented a different trend from the rest of the country during the late 1930s.…”

Section: Sourcesmentioning

confidence: 99%

THE NORTH–SOUTH DIVIDE: REAL WAGES AND WELFARE IN BRAZIL DURING THE EARLY 20^THCENTURY

Pereira

2019

RHE / JILAEH

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What was the degree of Brazil's regional inequality in living standards during the first decades of the 20th century? This paper presents municipal and state information on wages and prices in order to build welfare ratios for skilled and unskilled workers between 1912 and 1940. Despite the significant differences in nominal wages and costs of living throughout the country, real wage differentials remained lower than those estimated by earlier studies. Williamson (1999) argued that real wages in the Southeast were approximately six times higher than in the Northeast during the 1930s. The new evidence in this paper suggests that wages were on average only 1.5 times higher.

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“…Os dados de Silva (2015a) estão em concordância ao consenso da historiografia econômica que reitera que a maioria das casas exportadoras de café era de origem estrangeira -empresas cujas sedes ficavam nos países supracitados -e conseguiram, desde as décadas finais do século XIX, controlar a exportação do café brasileiro, tanto no Rio de Janeiro 4 como em Santos, e manter este domínio até o final da Primeira República em 1930 (Prado Junior 1969;Delfim Netto 2009;Cano 1981;Perosa 1980;Pereira 1980;Greenhill 1992Greenhill , 1995Moraes 1988;Fausto 2006;Saes 1986a;Holloway 1978;Love 2006;Lalière 1909;Kisling 2020).…”

Section: Introductionunclassified

Estrangeiras e nacionais: as maiores casas exportadoras de café em Santos (1897-1930)

Silva

2023

Estud. Econ.

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Resumo No período 1897-1930, as lavouras do estado de São Paulo responderam por aproximadamente dois terços das sacas de café exportadas pelo Brasil, grãos que eram negociadas no porto de Santos. Mas, quais eram as firmas responsáveis por exportar o café brasileiro no porto paulista? A historiografia convencionou apontar o domínio de empresas estrangeiras sobre a comercialização do café no período citado. Embasado nos arquivos da Associação Comercial de Santos e nas edições do Wileman’s Brazilian Review, o artigo demonstra que as casas inglesas e alemãs lideraram as exportações em Santos até 1913, mas, com o início da I Guerra Mundial em 1914 e na década de 1920, houve casas nacionais/brasileiras que lideraram a exportação e passaram rivalizar com firmas estrangeiras, sendo que estas firmas passaram a ser as estadunidenses.

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A recunhagem da moeda imperial: as reformas do visconde do Rio Branco (1871-1875)

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