“…Assim, é um erro tanto desconsiderar a história quanto organizar a sociologia em torno de uma teoria da ação, daí a compreensão da vida social como não planejada e não intencionada pelas ações humanas, em que as redes de interdependências dos seres humanos formam figurações, as quais conectam o psicológico com o social, ou o habitus com as relações sociais ( VAN KRIEKEN, 1998). Neste sentido, embora de acordo com Weber quanto ao fato dos indivíduos não estarem "flutuando no espaço" e que, por isso, estão presos uns aos outros, numa relação de interdependência; Elias não admite a possibilidade de ações estritamente individuais, ou seja, para ele ação é individual e ao mesmo tempo social e determinada pelas figurações, as quais regulam e controlam as emoções dos indivíduos e, portanto, suas ações (PREVIATTI, 2017). Tal concepção o leva a refutar, também em Weber, as noções de líder carismático e de tipo ideal (SILVA; CERRI, 2013), bem como a compreender o sentido da ação somente se compreendermos o indivíduo imerso em uma figuração, de modo a entender sua ação e o funcionamento da figuração (PREVIATTI, 2017).…”