2014
DOI: 10.20502/rbg.v14i4.325
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O Papel Das Capturas Fluviais Na Morfodinâmica Das Bordas Interplanálticas Do Sudeste Do Brasil

Abstract: No sudeste do Brasil, principalmente no Estado de Minas Gerais, são observados planaltos escalonados drenados por diferentes bacias hidrográficas, muitas vezes separadas entre si por nítidos degraus morfológicos resultantes da diferença no potencial erosivo de suas cabeceiras de drenagem, como resposta à tectônica distensiva cenozoica. Adicionalmente, capturas fluviais que condicionam a rede de drenagem a buscar um novo perfil de equilíbrio e alteram a morfologia dos canais envolvidos (captor, capturado, decap… Show more

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“…Os contatos erosivos nestas bordas interplanálticas tem desdobramentos contundentes na evolução das linhas interfl uviais em função dos conspícuos processos de captura fl uvial, discutidos por Cherem et al (2013) a partir de estudo realizado em três contextos distintos em diferentes estágios de evolução, todos eles distribuídos pelas faixas de contato entre os planaltos interiores e as depressões interplanálticas exorreicamente drenadas. Os autores concluem que a maior agressividade erosiva das bacias que drenam na direção leste, controladas por um nível de base mais baixo, faz com que este seja o sentido dominante das capturas, o que repercute no aumento progressivo das bacias captoras (Paraíba do Sul, Doce, etc.)…”
Section: Aspectos Da Morfogênese Regional: Interpretações a Partir Daunclassified
“…Os contatos erosivos nestas bordas interplanálticas tem desdobramentos contundentes na evolução das linhas interfl uviais em função dos conspícuos processos de captura fl uvial, discutidos por Cherem et al (2013) a partir de estudo realizado em três contextos distintos em diferentes estágios de evolução, todos eles distribuídos pelas faixas de contato entre os planaltos interiores e as depressões interplanálticas exorreicamente drenadas. Os autores concluem que a maior agressividade erosiva das bacias que drenam na direção leste, controladas por um nível de base mais baixo, faz com que este seja o sentido dominante das capturas, o que repercute no aumento progressivo das bacias captoras (Paraíba do Sul, Doce, etc.)…”
Section: Aspectos Da Morfogênese Regional: Interpretações a Partir Daunclassified
“…Fato que é sugerido pela existência de vales encaixados (Figura 5 -perfi s 2 e 3) no alto das serras Geral, Rancho Grande e Moema, contrastando com as altitudes típicas do planalto uma vez que os segmentos de rios presentes nestes vales ganham mais energia com a captura, em função do maior gradiente do rio captor. A diferença altimétrica entre os vales e o topo das Serras (Figura 5) ilustra a intensidade do processo de dissecação e incisão vertical dessas drenagens, e só é possível de ser explicada por um processo atípico, tal qual a reorganização da rede de drenagem por processos de capturas fl uviais, como também demonstraram Cherem et al, (2013); Rezende et al, (2013) para o Sudeste Brasileiro.…”
Section: Discussõesunclassified
“…Isto ocorre, pois as bacias hidrográfi cas delimitadas nessas áreas normalmente possuem diferentes graus de dissecação. Tal fato faz com que essas áreas sejam, portanto, os locais onde preferencialmente ocorrem processos de rearranjos ou reorganizações fl uviais (BISHOP, 1995) por decapitação (SCHIMIDT, 1989) e capturas fl uviais (PRINCE et al, 2010;CHEREM et al , 2013;REZENDE et al , 2013), visto que as bacias hidrográfi cas com maior poder de dissecação tendem a erodir suas áreas de cabeceiras com maior intensidade que suas vizinhas e, consequentemente incorporam área dessas últimas. Logo, essas são importantes áreas para se compreender a dinâmica evolutiva regional do relevo, pois suas paisagens são uma síntese da inter-relação de forças presentes em cada uma das diferentes bacias hidrográfi cas que ali se delimitam.…”
Section: Introductionunclassified
“…Segundo Gatto et al (1983) sobressaem formas mamelonares e de cristas, o que resulta numa paisagem característica do tipo "mar de morros" e, em menor proporção, ocorrem colinas com topos convexos a tabulares. Cherem et al (2013). Nesse sentido, as infl exões dos rios das Mortes e Carandaí, localizadas nas proximidades de cabeceiras, sugerem ocorrências anômalas do recuo da escarpa.…”
Section: Unidade II -Degrau Paraná -São Franciscounclassified
“…O rio Xopotó, em seu baixo curso, apresenta brusca infl exão alinhada em arco com a migração de trechos do médio rio Turvo Limpo e médio Turvo Sujo, em direção NE -SW. Ao longo do rio Casca há um aumento expressivo de estruturas NNE-SSW e ENE-WSW, acompanhadas da imposição de um condicionamento recorrente desse curso nessas direções (Figuras 5 e 10). Outra anomalia identifi cada é a infl exão do rio dos Bagres (Figura 4) no vale suspenso do divisor com a bacia do Paraíba do Sul, constatada por Cherem et al (2013) como decorrente de uma captura fl uvial a partir da diferença de nível de base.…”
Section: Unidade II -Degrau Doceunclassified