INTRODUÇÃOAs medidas de manutenção à saúde e combate às doenças, associadas às modificações de hábitos de vida trouxeram como conseqüência modificações no panorama epidemiológico das várias moléstias, particularmente das afecções crônicas que envolvem os indivíduos adultos 5 .Dentre estas afecções crônicas, a hipertensão arterial tem merecido especial atenção dos profissionais de saúde, pois tem apresentado aumentos significativos na sua incidência, principalmente nos países onde ainda não existem programas de seguimento e controle da população acometida 6 .Estudos realizados no Departamento de Epidemiología da Faculdade de Saúde Pública da USP, analisando 2738 óbitos entre 15 e 74 anos, demonstrou que 30% desta população era hipertensa. Dentre eles, 11,8% morreram por complicações diretas da hipertensão, 30,6% devido a acidente cérebro-vascular, 28,2% por doença isquémica do coração e 29,2% por causas diversas 3 .FRANCISCHETTI 8 afirma que a longevidade do ser humano está na relação inversa aos níveis de sua pressão arterial. Um homem de 35 anos cuja pressão arterial é de 150 mm Hg por 10° mm Hg poderá ter seu tempo de vida reduzido em 16,5 anos, se mantiver estes níveis não controlados.A diminuição de longevidade não é a única conseqüência indesejável da hipertensão arterial. As complicações que dela advém podem ser tão