O Movimento da Escola Nova, Classes Experimentais e Ginásios Vocacionais (1958-1970)

comemoração das vanguardas pedagógicas do ensino secundário paulista da década de 1960:

“…Por exemplo, Fontes (1999) defende que, na década de 1960, o movimento de Renovação Educacional atuaria em um duplo sentido democrático: "[...] de um lado, propunha mudanças no interior da escola e, de outro, a expansão do ensino para novos públicos, e não mais direcionado às elites" (FONTES, 1999, p. 16). Assim como Chiozzini (2010), apresenta que a ênfase dos renovadores na qualidade do ensino esteve sempre conjuminada com proposições políticas que previam a expansão das experiências de ensino renovadas. Embora o governo não atendesse toda a demanda pela educação no mesmo nível de qualidade, para os renovadores esta questão esteve sempre atrelada ao seu projeto de expansão do ensino.…”

Desvendando a jornada escolar brasileira

“…São Caetano do Sul, nas quais os alunos tinham uma jornada escolar de 9 horas, sendo uma hora de almoço(NEVES, 2010;CHIOZZINI; MARQUES, 2016).…”

A perseguição ao Serviço de Ensino Vocacional do Estado de São Paulo (1968-1970)

“…Entre elas: a experiência de primeiro ciclo em meio período, como passo para aproximar a metodologia experimental do sistema de ensino vocacional da realidade comum da rede escolar; explicava a importância da participação dos pais no processo educativo, e, em vista disso, destacava a colaboração das associações de pais dos alunos dos ginásios vocacionais e afirmava a disposição da Federação que as reunia em colaborar com as outras escolas para a organização de Sociedades de Pais; anunciava, também, um curso de férias para o próximo fevereiro. (NEVES, 2010, p. 302) É dentro deste contexto que, segundo Daniel Chiozzini (2010), em 1968 a SEE, (...) realizou uma tentativa de reunir sob uma mesma coordenação a primeira experiência educacional implantada seguindo os princípios do acordo MEC-USAID, os recém criados Ginásios Orientados para o Trabalho (GOTs) ou Ginásios Pluricurriculares e os Ginásios Vocacionais. (CHIOZZINI, 2010, p. 37) Esta unificação insere-se dentro do contexto da reforma administrativa, um dos objetivos da administração Abreu Sodré, em mudar a estrutura organizacional da SEE.…”

“…Estas afirmações bastaram para Resstel incorporar o documento aos Autos do IPM 307 da Educação, destacando apenas seu item número 1 "A pedagogia do Ensino Vocacional tem objetivos de transformação social", como forma de relacionar estas resoluções, tomadas em maio de 1968, com a entrada de "grupos esquerdistas" nos Vocacionais no "agitado ano de 1968de ". (BRASIL, 1970 A título de observação, é interessante notar que ao consultarmos a bibliografia produzida sobre os Ginásios Vocacionais, vimos que Maria Luisa Ribeiro (1989), Daniel Chiozzini (2010) e Joana Neves (2010), procuram apontar que no ano de 1968, bem como a criação do 2° Ciclo, foi um momento crucial na história do SEV, pois, foi neste momento em que se acirraram as diferenças entre grupos e subgrupos existentes internamente, no processo de revisão das práticas realizadas pelos Ginásios até aquele momento.…”