O lugar obsceno do suicídio

Abstract

Este artigo busca interrogar a relação entre o obsceno e o suicídio. Para isso, inicia-se abordando o conceito de obsceno, que é entendido como o que não pode ser colocado em cena. Relaciona-se o obsceno com a morte, que é mostrada em sua vertente repugnante, que está relacionada com o impensável de nossa desaparição. Em seguida, a leitura de Durkheim sobre o suicídio é abordada, assim como diferentes abordagens psicanalíticas sobre o tema. Por fim, aborda-se a relação entre o obsceno e o suicídio, sustentando-se a ideia de que o suicídio pode ter um lugar obsceno. Palavras-chave: Suicídio, obsceno, psicanálise, ato

Gestão e Práticas em Saúde Coletiva: da política à ação

“…Perante essas características, este capítulo tece a cena analisando a essência transgressora das crises suicidas ao subverter prescrições da sociedade atual quanto ao lugar de morte, trazendo ao alcance dos olhos o obsceno: aquilo que não deveria ser mostrado em cena (MARQUETTI, 2014;CARLOS;D'AGORD, 2016). Contudo, essa compreensão se debruça nas influências dessa transgressão no trabalho daqueles que trabalham com o objetivo de interromper a crise e impedir a morte, não havendo pretensão de alcançar motivantes, justificativas e verdades acerca da estetização da cena.…”

Brazilian population perception about suicide / Percepção da população brasileira sobre o suicídio

“…It is necessary to perceive the beginning of the process, which begins with dark thoughts, related to death, followed by investigation of ways of performing the act, until the act of suicide attempt. 4,6 It is recognized that another very effective means of suicide prevention is talking about the issue, since, according to the WHO, the stigma of this type of death still has devastating effects on the population and is still considered a great taboo in the social environment. A fact that hinders the search for help by those who have suicidal thinking, and makes it impossible to understand the people who could help.…”

“…For this reason, it becomes sine qua non to withdraw from the silence on the subject and bring it to discussion with society, making and disseminating research on the subject, and recognizing the population's perception of suicide, in order to carry out education and health promotion. [5][6][7] Many people who attempt suicide are not understood by health professionals as well as by their own family. Many suicide bombers feel neglected about their feelings.…”

“…For this task, researchers are constantly called upon to address this issue, approaching different aspects of diagnosis of risk and protection factors, but also about understanding the population on the subject, in order to generate subsidies that guide campaigns of demystification of prejudices, for education and health promotion of the population in general, so that they can identify, care for and prevent suicide. 6,9 In this perspective, after selection in national journals, it was possible to detect that there are some studies that bring generous contribution to the literature on the subject. Morais and Sousa 10 aimed to construct a mapping and awaken the population to the problem of suicide in the municipality of Dormentes-PE.…”