O Local Da Diferença: Desafios À Educação Física Escolar

Abstract

Bourdieu, entre outros, frequentemente foram utilizados para funda mentar estudos sobre os mais variados aspectos que (in)diretamente nos afetam como área do conhecimento e de intervenção. Esse movi mento nos mostra a pluralidade de perspectivas teóricas e, consequen temente, políticas, que hoje convivem, às vezes não muito harmoniosamente, no campo da Educação Física. Inspirado por essa diversificação teórica, o artigo coloca em apreciação a sociologia de um dos mais destacados pensadores da sociedade contemporânea. Es tamos nos referindo ao sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Mesmo que ele não tenha escrito nada sobre a Educação Física e, mais especi ficamente, sobre aquelas pessoas que adjetivamos de portadoras de necessidades especiais, suas análises podem ser muito úteis para refle tir sobre o lugar da diferença ou da "estranheza" no mundo em que vi vemos. Tomamos como eixo da análise as consequências da busca da ResumoEste artigo propõe uma reflexão sobre o binômio exclusão/inclusão na sociedade moderna e discute as suas implicações e consequências para as práticas pedagógi cas no âmbito da Educação Física. Para isso, adotase a sociologia de Zygmunt Bauman como eixo norteador da análise. Concluise o estudo com algumas ambi guidades e desafios para as práticas inclusivas na sociedade contemporânea.

A percepção de professores de Educação Física sobre uma escrita curricular culturalmente orientada

“…O espaço escolar nem sempre foi um local propício à diferença, à estranheza, ao que não é ortopédico, disciplinado e eficiente, pois tudo aquilo que fugia ao modelo de ordem proposto, (em geral, produtivo, "normal", disciplinado e uniformes) era repugnado (Gomes, Almeida & Bracht, 2010). Mas sim, um espaço homogeneizador, permeado por questões propensas à reprodução de desigualdades e conhecimentos baseados em princípios e interesses burgueses, envolvendo os educandos em práticas individualizadas, fragmentadas e reafirmadoras de uma sociedade injusta (Venancio & Darido, 2012).…”