O Indivíduo Socialmente Falho: Um Ensaio Baseado Em Veblen E Bauman

Abstract

Resumo: O ensaio revisita os livros A Teoria da Classe Ociosa (originalmente publicado em 1899), de Thorstein Veblen, e Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, publicado pela primeira vez em 1999, os quais, embora separados por um século de história humana, observam as experiências sociais de seus respectivos tempos com constructos muito assemelhados. O ensaio assume que Veblen descreve efeitos da modernidade que emerge no fim do século XIX, ao passo que Bauman explicita a pós-modernidade do século XXI (à qual chama de Modernidade Líquida) e, com base nos autores, reflete sobre o indivíduo, as motivações de consumo, a demanda por crédito, o endividamento e outras categorias por eles tratadas, para apresentar um novo ator: o “consumidor falho” ou, como aqui chamado, o “indivíduo socialmente falho”.Palavras-chave: Consumo. Endividamento. Emulação pecuniária. Modernidade líquida. Abstract: The essay revisits the books The Theory of the Leisure Class (originally published in 1899) by Thorstein Veblen and Liquid Modernity by Zygmunt Bauman first published in 1999 that, although separated by a century of human history, observe social experiences from their respective times with very similar constructs. The essay assumes that Veblen describes the effects of modernity that emerged at the end of the 19th century, while Bauman explains the post-modernity of the 21st century (which he calls Liquid Modernity) and, based on the authors, reflects on the individual, the motivations consumption, the demand for credit, indebtedness and other categories treated by them, to present a new actor: the 'flawed consumers' or, how we conceptualize, a “socially flawed individual”.Keywords: Consumption. Indebtedness. Pecuniary emulation. Liquid modernity.

Estudos Científicos sobre a obra “Modernidade Líquida” de Zygmunt Bauman

“…Em 11 das pesquisas (Alvarez-Rincon, 2019;Gonçalves, 2019;Henao, 2018;Halas, 2016;Lemos & da Silva, 2016;Baliscei et al, 2016;Villasenor, 2015;Palese, 2013;Ybema et al, 2009;Núñez Ladevéze et al, 2020;Ostrovskaya et al, 2015) não foram identificadas sugestões para pesquisas futuras, apenas nas pesquisas dos autores Rangel & Rangel, 2020;Grimaldi et al, 2019;Beilharz, 2017;de Oliveira & Sancho, 2015;Gevehr, 2016;Beck, 2002…”

“…Mídias sociais é o assunto mais apontado pelos autores como um ator de mudanças na identidade e sociedade (Rangel & Rangel, 2020;Alvarez-Rincon, 2019;Grimaldi et al, 2019;Ostrovskaya et al, 2015;Marin, 2015;Villasenor, 2015;Palese, 2013;Núñez Ladevéze et al, 2020;Gevehr, 2016), seguido do individualismo (Beilharz, 2017;Palese, 2013;Ybema et al, 2009;Núñez Ladevéze et al, 2020;Ostrovskaya et al, 2015;Beck, 2002;Villasenor, 2015) e das próprias mudanças sociais (Pejovic, 2018;Halas, 2016;Baliscei et al, 2016;Clegg, 2018;Lemos & da Silva, 2016;de Oliveira & Sancho, 2015;Goncalves, 2019). O consumo tem a menor quantidade de citações pelos autores, mas sem perder sua relevância no assunto (Rangel & Rangel, 2020;Palese, 2013;Núñez Ladevéze et al, 2020;Alvarez-Rincon, 2019;Henao, 2018). Alguns autores apontam para mais de um assunto em seus artigos.…”