O impacto do Ensino Remoto Emergencial, no contexto da pandemia da COVID-19, na saúde mental dos docentes universitários

Abstract

Devido a diversidade e a complexidade das atividades realizadas pelos docentes universitários, o ambiente acadêmico tem sido considerado um local causador de estresse em virtude de fatores organizacionais e psicossociais do trabalho. Considerando a existência destes aspectos aliados ao atual cenário de crise devido a pandemia da COVID-19, percebe-se um processo árduo de reinvenção docente. Surge assim o Ensino Remoto Emergencial (ERE) junto com a exigência de uma adequação da força de trabalho dos professores para o teletrabalho. Diante de tal cenário, os educadores se expõem a diversas situações, que repercute no adoecimento, principalmente relacionado à saúde mental. Sendo assim, esse estudo tem como objetivo compreender as dificuldades encontradas pelos docentes universitários para execução do ERE. A presente pesquisa trata-se de uma revisão biblbiográfica, de caráter descritivo e exploratório. Pôde-se perceber a importância da necessidade do acompanhamento das condições estruturais, tecnológicas e pedagógicas que os docentes possuem para realização do ensino remoto, bem como do cuidado com a saúde mental visando o despertar para a necessidade de políticas públicas de preservação e promoção da saúde dos educadores.

Saúde mental da professora e os efeitos da pandemia em sua docência na Educação Básica: um olhar a partir da perspectiva de gênero

“…Acredita-se que o excesso de demandas criadas pela pandemia tem produzido sofrimento mental e emocional às professoras (COELHO et al, 2021;SILVA, 2022). De fato, tem sido comum sentimentos de raiva, angústia e exaustão; assim como os sintomas de estresse, ansiedade e depressão também têm sido frequentes nestas mulheres docentes, estando diretamente associados aos aspectos laborais e a situação de emergência pela COVID-19 (OLIVEIRA et al, 2020).…”

“…Nesse sentido, a práxis pedagógica apresenta especificidades e discrepâncias no que se refere ao desenvolvimento do trabalho prescrito e real encontrado no contexto da EB. Além disso, sabemos que a profissão de professor(a) é tida como umas das mais desgastantes e causadoras de sofrimento mental, dado que envolve intenso relacionamento interpessoal, cuidado, esforço físico, psicológico e dedicação ao trabalho SILVA, 2022). A soma desses esforços dentro do espaço escolar presencial, no ambiente virtual ou em atividades extramuros não é reconhecida financeiramente e nem pela sociedade brasileira.…”