"O Estrangeiro" De Albert Camus

Abstract

Albert Camus, o "filósofo do absurdo" (PINTO, 2020), nasceu em Mondovi, no ano de 1913, mas viveu a infância em Belcourt, um bairro pobre de Argel, capital da Argélia, ocupada pela França no período de seu nascimento. Resistia a uma vida miserável em um meio operário em que o pão de cada dia fazia-se valer, ao mesmo tempo em que vivia em um cenário deslumbrante devido às paisagens naturais e luminosas proporcionadas pelo mar e pela luz solar. Assim, viveu entre a miséria e o Sol, o que o levou à constatação do absurdo próprio da incompatibilidade entre o que se sonha e a realidade (CIVITA, 1979).O pai, Lucien, francês nascido na Argélia, morreu durante uma batalha na Primeira Guerra Mundial. Cresceu, assim, com os cuidados da mãe, Cathérine Sintès, uma marroquina de origem espanhola, e do irmão mais velho, também Lucien (CIVITA, 1979). Por motivos financeiros, Camus quase parou os estudos para trazer sustento à casa, trabalhando como fabricante de tonéis e barris com o tio, e isso teria acontecido se não fosse a interferência de um professor querido. Por fim, acabou graduando-se em filosofia e depois tornando-se mestre e, após isso, doutor (LAURO; TRINDADE, 2020).Camus, no entanto, foi diagnosticado com tuberculose, e isso o impossibilitou de tornar-se professor depois de formado. Decidiu fazer parte do partido comunista francês no ano de 1934 e foi um autor importante de jornais revolucionários, como o Alger Republicain.

Análise da obra O Estrangeiro de Albert Camus sob o crivo da Moral e do Direito

“…Percebe-se que Mersault era tido como estrangeiro, que não conseguiria voltar a sociedade, posto a sua de ciência moral, nota-se que Mersault mantém se el a sua consciência, não busca mentir e nem fazer teatro, mostrando se arrependido de ter matado alguém ou até mesmo de não ter chorado pelo corpo da própria mãe durante o velório. Assim, durante o julgamento, o júri não buscava a verdade pelos fatos ocorridos, mas buscava padronizar os valores morais que eram estabelecidos na sociedade em Mersault vivia (MEDEIROS, 2020).…”