O abuso sexual infantil, sendo um fenômeno social, origina diversas causas, deixando vulneráveis expostos a injustiças, danos morais, sociais e preconceitos. Esse, quando denominado de intrafamiliar, está relacionado ao fato de se originar dentro do seio familiar, tendo em vista que, na maioria das vezes, os abusadores são parentes próximos da vítima, como pai, mãe, irmãos, padrasto, madrasta, tios, primos, avós, tutores ou os companheiros que moram junto com a mãe ou o pai. Assim, devido a pandemia da Covid-19, verifica-se que houve uma considerável diminuição das denúncias desses casos, suscintando a questão norteadora: qual é a relação entre a COVID-19 e a diminuição dos casos de abuso sexual infantil no ambiente intrafamiliar? Portanto, o presente artigo tem como objetivo analisar o abuso sexual infantil no ambiente intrafamiliar, verificando os casos notificados no período da Pandemia da Covid-19. Trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo com abordagem qualitativa, que teve como procedimento a pesquisa bibliográfica. Logo, como resultados verificou-se a subnotificação dos casos e que alguns fatores, como o isolamento social, tornaram mais propícios a prática de abuso sexual infantil no ambiente intrafamiliar. Após a realização desse estudo, pode-se concluir que o abuso sexual infantil precisa estar nas discussões de políticas públicas como um fenômeno globalizado dentro da sociedade, pois sua erradicação e prevenção é um desafio constante dos profissionais das áreas sociais, da saúde e da educação, bem como de todos os envolvidos e interessados acerca da problemática.