O efeito da Educação Financeira sobre a Relação entre Adimplência e Trabalhadores na Cidade de Manaus

Abstract

A pesquisa teve como propósito analisar o efeito da educação financeira sobre a inadimplência dos trabalhadores da cidade de Manaus. A educação financeira é de suma importância para a população como um todo, uma vez que é por meio desta que ocorre a disseminação de conhecimentos e informações acerca deste assunto, o que contribui para uma significativa melhora na administração das finanças pessoais de cada cidadão. Por isso, é importante a criação de um planejamento orçamentário pessoal para controlar os gastos, evitando, assim, um futuro endividamento. Foi realizada uma pesquisa de natureza quali- quantitativa, de caráter exploratório e descritivo, caracterizada como uma pesquisa de campo, utilizando-se para isso procedimentos bibliográficos. Com relação aos resultados, nota-se que o nível de endividamento da maior parte dos trabalhadores entrevistados na cidade de Manaus é baixo, embora ocorra o uso intenso do cartão de crédito e também o pagamento das faturas em atraso. Com relação à educação financeira, muitos consideram não possuir muito conhecimento sobre seus gastos e finanças, o que os fazem procurar informações sobre o assunto, apesar de declararem a dificuldade em aplicar os conhecimentos diariamente. Com relação aqueles que declaram ter um conhecimento maior sobre suas finanças, a probabilidade de se endividarem é menor, mas ainda existe a possibilidade de contraírem dívidas e se tornarem inadimplentes.

Uma revisão sistemática sobre a pesquisa em educação financeira

“…Alterando a análise para a metodologia adotada, pode-se a rmar que a maioria das pesquisas se concentra no nível descritivo (CANDIDO; FERNANDES, 2014; KÜLLER; VALER; GUSMÃO, 2016;FIORI et al, 2017;MINELLA et al, 2017;SILVA T. et al, 2017;CARRARO;MEROLA, 2018). Convém ressaltar que, apesar da importância de retratar a realidade, a contribuição poderia ser ampliada por meio de uma análise mais profunda, sob um viés explicativo.…”

“…Já no que se refere à natureza, predominaram os estudos quantitativos, sendo que o instrumento de coleta de dados mais utilizado foi o questionário (VIEIRA; BATAGLIA; SEREIA, 2011;CERETTA, 2013;MIRANDA, 2013;CANDIDO;FERNANDES, 2014;POTRICH et al, 2014;KIRCH, 2015KIRCH, , 2016NASCIMENTO et al, 2016;FIORI et al, 2017;MINELLA et al, 2017;SILVA, G. et al, 2017;SILVA NETO;ARAÚJO, 2017;SILVA, T. et al, 2017;AMORIM et al, 2018;ANDRADE;LUCENA, 2018;SANTOS;MENDES-SILVA;GONZALEZ, 2018;OLIVEIRA;MOREIRA JUNIOR;. Essa constatação justi ca o enfoque descritivo, sendo que a preocupação com dados numéricos é maior que seu efetivo signi cado e impacto.…”

“…Foram identi cados também estudos de casos, voltados para a análise da educação nanceira de estudantes do ensino médio de Triunfo, no Rio Grande do Sul (CARVALHO; SCHOLZ, 2019), bem como microempreendedores de baixa renda na Amazônia (BIROCHI; POZZEBON, 2016). Além disso, foi encontrada uma pesquisa de campo que buscava analisar o efeito da Educação Financeira sobre a inadimplência dos trabalhadores (FIORI et al, 2017).…”

“…Além disso, foram identi cados testes de diferença de média (POTRICH; VIEIRA; CERETTA, 2013;POTRICH et al, 2014;KIRCH, 2016;SILVA G. et al, 2017;ANDRADE;LUCENA, 2018) e análises fatoriais (POTRICH; VIEIRA; KIRCH, 2015; KÜLLER; VALER; GUSMÃO, 2016; SILVA; SILVA NETO; ARAÚJO, 2017). Já em menor frequência, foi aplicada a clusterização (POTRICH; VIEIRA; KIRCH, 2016), a Teoria de Resposta ao Item (NASCIMENTO et al, 2016), correlações e a análise do percentual de acertos (FIORI et al, 2017), não havendo a análise de dados em painel.…”

“…Outra relação com o grau apresentado é referente ao per l socioeconômico e demográ co, pois as di culdades são geralmente enfrentadas por grupos especí cos. As pesquisas apontaram que as variáveis que mais in uenciavam eram gênero, escolaridade e renda, sendo que o foco das políticas deveria ser auxiliar mulheres com baixa escolaridade e renda (POTRICH; VIEIRA; CERETTA, 2013;KIRCH, 2015;FIORI et al, 2017;ANDRADE;LUCENA, 2018). Além desses fatores, também foi veri cada a possibilidade de in uência de aspectos como idade, ciclo de vida, experiência pro ssional e região (POTRICH et al, 2014;OLIVEIRA;.…”