“…As concorrentes ao convencionado título de "Miss Universo": que designa a mais linda moça entre as representantes dos vários países europeus e americanos, assim tiveram ocasião de reunir-se este ano na capital brasileira, conhecendo portanto, além da elegância requintada de Dcauville, e do brilho esportivo de Galveston, a harmonia sedutora de Copacabana, cujo prestígio mundano, por força desta competição de beleza, transmitido pelos cabos em todas as direções, aumentará de significação, em igualdade com grandes centros do veraneio luxuoso da praia norte-americana, "meeting" famoso da aristocracia do dólar e do cinema, e com o renome, da estação balnearia da Cote d'Azur, "rendez-vous" cosmopolita, de celebridades deliciosamente recontado nas crucias de Michel -Georges Michel. Podemos pensar em que medida esse concurso de beleza também contribuiu para recodificar o imaginário sobre a brasilidade, "fabricar uma identidade brasileira, capaz de impulsionar um projeto viável para a nação" (Oliveira, 2014(Oliveira, , p. 1111 e para isso ativou a promoção de um modelo ideal de comportamento e aparência para as mulheres nesse período. Os jornais e as revistas analisados foram peça fundamental nessa empreitada, pois, além de comunicar e ilustrar esse evento, apresentavam um padrão aceitável e adequado de comportamento para as 'mulheres de bem'.…”