O desenvolvimento urbano baseado no conhecimento como estratégia para promoção de cidades inteligentes e sustentáveis

Abstract

Na era do conhecimento, o rápido progresso tecnológico, especialmente no campo das tecnologias de informação e comunicação, é visto como o principal aliado para responder às crescentes crises ambientais e socioeconômicas urbanas. Nesse contexto, as cidades inteligentes e sustentáveis são aquelas que empregam tecnologia e inovação para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos e a eficiência dos serviços, buscando o desenvolvimento urbano sustentável. Na prática, entretanto, diversos desafios se impõem às cidades que buscam tornar-se inteligentes e sustentáveis. Para agregar as dimensões de inteligência e sustentabilidade, as cidades precisam de soluções desenhadas localmente e planejamento urbano estratégico integrado e equilibrado. Um modelo estratégico aderente a esses requisitos é o Desenvolvimento Urbano Baseado no Conhecimento (DUBC), que articula quatro domínios de desenvolvimento baseado no conhecimento (econômico, social, espacial e institucional) para um processo de transformação urbana de longo prazo, no contexto da nova economia do conhecimento e da competitividade global. Por meio de revisão de literatura, este artigo tem como objetivo apresentar e discutir os principais aspectos conceituais e de aplicação do DUBC como uma abordagem estratégica para a promoção de cidades inteligentes e sustentáveis. Os resultados indicam que o DUBC pode contribuir ao oferecer uma abordagem multidimensional e integrada para o planejamento urbano estratégico que inclui a implementação de tecnologias urbanas, desenvolvidas por processos endógenos de inovação e voltadas a um desenvolvimento urbano verdadeiramente inteligente e sustentável.

Quality perception of São Paulo transportation services:

“…With the widespread and massive use of Information and Communications Technologies (ICTs) in organizations and cities, Smart Sustainable Cities emerge in a context where Big Data, E-government, and the Internet of Things (IoT) are crucial in urban management, smart governance, and policy-making (Bibri & Krogstie, 2017;Macke et al, 2018;Macke et al, 2019;Michelam et al, 2020;Beck & Conti, 2021;Corsi et al, 2022;Freire et al, 2022). In this context, stakeholders' expectations, stakeholder impact, and stakeholder activities are crucial elements in managing stakeholder-oriented Smart Sustainable Cities (Ibrahim et al, 2017;Carvalho et al, 2021).…”

Mapeamento de startups que atendam cidades inteligentes: estudo de caso no mercado brasileiro da construção civil e setor imobiliário

“…Considerando que o processo de urbanização, que direcionou a maior parte da população a viver em grandes centros econômicos e sociais, segue crescendo, o rápido progresso tecnológico pode ser visualizado como um grande aliado para responder às crescentes crises ambientais e socioeconômicas urbanas (MICHELAM et al, 2020). Em paralelo, a revolução digital está transformando a sociedade para que ela seja cada vez mais conectada, colaborativa e online.…”

“…Em paralelo, a revolução digital está transformando a sociedade para que ela seja cada vez mais conectada, colaborativa e online. A partir dessas duas tendências globais: processo de urbanização em crescente expansão e aumento da demanda por tecnologia é que surge o conceito das smart cities ou cidades inteligentes que, de acordo com Michelam et al (2020) são diferenciadas por aplicar o uso de tecnologias para proporcionar uma melhor qualidade de vida e maior eficiência nos serviços, transformando um meio urbano mais sustentável. Na prática, as soluções devem ser desenhadas para cada cenário e o planejamento urbano deve ser estratégico para cada local específico, pois não há uma regra determinada para a cidade inteligente, porque cada cidade é única com seus problemas e história.…”