O conhecimento quilombola e as plantas medicinais como recurso didático para o ensino de ciências

Abstract

A utilização das plantas pela espécie humana ocorre das mais variadas maneiras, principalmente, na alimentação, vestimenta, no tratamento e cura de doenças. Dentre os grupos culturais que usam as plantas medicinais, encontram-se os povos remanescentes dos quilombos. O conhecimento que os quilombolas possuem é baseado em valores, símbolos, crenças e mitos. Hábitos e costumes estão diretamente envolvidos com o ambiente e esta relação permitiu que estas comunidades acumulassem conhecimentos. Deste modo, a Lei nº 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira em instituições de ensino. Assim, o presente relato de experiência foi realizado por intermédio de uma intervenção, desenvolvida em três encontros e uma visita à UESB, sendo um conjunto de atividades mediadas pelo professor, que permite aos discentes questionar, sanar dúvidas e realizar ações. Assim, as visitas ao HUESB e ao LPN contribuíram para que os estudantes fizessem uma associação entre o conhecimento popular e o conhecimento científico e entendessem como esses estão entrelaçados, bem como perceber a relevância de ambos os conhecimentos para a história da Ciência.
 Palavras-chave: Educação informal; Pedagogia crítica; Educação Quilombola.

Uso de plantas medicinais no ensino de botânica para os anos finais do Ensino Fundamental

“…Partindo da premissa de que a escola deve fazer uso do conhecimento prévio dos alunos para assim melhorar seu aprendizado, algo a ser destacado é referente a forma como os autores buscaram identificar os conhecimentos culturais e empíricos dos alunos a fim de trabalhar a proposta metodológica a partir deles. Dos 7 artigos: 2 usaram de um questionário (Medeiros & Crisostimo, 2013;Silva & Castro, 2019); 1 utilizou de um questionário e preenchimento de uma tabela com o nome de plantas medicinais populares (Ferreira et al, 2017); 1 realizou uma conversa informal (Silva & Santos, 2017); 1 trabalho também utilizou-se de uma conversa informal, no entanto, esta ocorreu durante aula expositiva dialogada (Ferreira, Batista & Pasa, 2014); e um último de uma roda de conversa na qual explicou-se oralmente a ação terapêutica de cada planta apresentada (Cruz, Joaquim & Furlan, 2011). Apenas 1 trabalho não especificou se realizou essa sondagem inicial (Navarro et al, 2007).…”

“…Para tal fim, os autores citam que se pode utilizar do conhecimento que os alunos trazem consigo a fim de fomentar uma aproximação do saber científico com o que o aluno adquire pela sua vivência cotidiana, sendo essa uma forma de significar o aprendizado. Sobretudo, as publicações comprovam como a utilização da temática das plantas medicinais é uma importante ferramenta nesse sentido (Medeiros & Crisostimo, 2013;Cruz, Joaquim & Furlan, 2011;Ferreira et al, 2017;Silva & Castro, 2019;Silva & Santos, 2017;Navarro et al, 2007;Ferreira, Batista & Pasa, 2014).…”

“…A herborização/confecção de exsicatas foi a prática mais adotada (Medeiros & Crisostimo, 2013;Silva & Santos, 2017;Ferreira, Batista & Pasa, 2014;Silva & Castro, 2019;Navarro et al, 2007), seguida da produção de desenhos com 3 citações (Ferreira et al, 2017;Silva & Castro, 2019;Cruz, Joaquim & Furlan, 2011). A atividade experimental teve 2 citações (Ferreira, Batista & Pasa, 2014;Silva & Castro, 2019).…”

“…A herborização/confecção de exsicatas foi a prática mais adotada (Medeiros & Crisostimo, 2013;Silva & Santos, 2017;Ferreira, Batista & Pasa, 2014;Silva & Castro, 2019;Navarro et al, 2007), seguida da produção de desenhos com 3 citações (Ferreira et al, 2017;Silva & Castro, 2019;Cruz, Joaquim & Furlan, 2011). A atividade experimental teve 2 citações (Ferreira, Batista & Pasa, 2014;Silva & Castro, 2019). Tem-se também que 2 trabalhos usaram vídeos (Medeiros & Crisostimo, 2013;Cruz, Joaquim & Furlan, 2011); 1 publicações fez uso de textos para leitura e interpretação (Medeiros & Crisistimo, 2013) e 1 utilizou-se de produção textual (Cruz, Joaquim & Furlan, 2011).…”

“…Apenas um dos trabalhos realizou a implementação de horto medicinal na escola (Navarro et al, 2007). Para inserir os alunos no contexto universitário e aproximá-los ainda mais do conhecimento científico, 3 trabalhos realizaram visitação dirigida a centros universitários com a finalidade de mostrar para os alunos os herbários (Medeiros & Crisostimo, 2013;Silva & Castro, 2019) e laboratório de extração de óleo essencial (Navarro et al, 2007). Em 3 trabalhos, os alunos fizeram a apresentação para a comunidade escolar a fim de compartilhar do conhecimento adquirido com a aplicação da abordagem metodológica (Silva & Santos, 2017;Medeiros & Crisostimo, 2013;Silva & Castro, 2019) e em 1 os alunos participaram de eventos científicos fazendo apresentação oral e em pôster (Navarro et al, 2007).…”