O candomblé na Europa: fluxos e refluxos entre Brasil, Itália e Portugal

Abstract

Este artigo investiga a transnacionalização do candomblé na Europa a partir das relações entre os membros de uma mesma linhagem religiosa que se encontram no Brasil, na Itália e em Portugal. Utilizando-se do conceito de campo social transnacional, pretende evidenciar a circulação e a direção dos fluxos de bens materiais e simbólicos entre os países, que nos podem revelar dinâmicas e estratégias dos seus integrantes. Em seguida visa discutir as percepções desses membros em relação aos irmãos de santo e parentes de nacionalidades diferentes, percepções estas decorrentes das estadias e dos períodos de convivência, a fim de compreender os modos como esses integrantes constroem diferenças e semelhanças entre si.

Transnational mediumship and the development of a transhistorical self in the Vale do Amanhecer

“…Thus, through the notion of transhistorical self, I point to the individual and collective experience of a spatial–temporal configuration that goes into crafting transnational sense of being and belonging. In the case of Afro-Brazilian religions, Golfetto (2020) has highlighted the importance of the sense of belonging to a ‘transnational social field’ (Frigerio, 2013; Levitt and Glick Schiller, 2004) of relations among members of the same Candomblé lineage across cultural contexts, such as Brazil, Portugal, and Italy. In the case of the Vale, I have proposed that when considering the transnational trajectories, reincarnational narratives play a pivotal role along with the hierarchical lineage in the expansion and settlement of temples abroad.…”