“…Tendo como premissa essa consideração, os diálogos entre essas áreas têm oportunizado uma discussão fortuita sobre o adoecimento psíquico, o seu papel, bem como os estigmas construídos em sociedade e como cada período propõe novas e potentes inteligibilidades para uma compreensão mais fiel aos desafios da saúde mental. Nesse processo, Psicologia e Literatura apresentam--se como dimensões que, integradas, podem fornecer pistas importantes sobre como cada sociedade se coloca diante dessa temática, ampliando a possibilidade de uma atuação em saúde mental que se beneficie dessas discussões, recusando, novamente, o lugar de objeto Scorsolini-Comin, 2021a;Silva, 2018;Scorsolini-Comin;Santos, 2010). Na perspectiva da literatura, essa pode se apresentar, como defendido por Candido (1995), como um convite à humanização justamente por permitir a reflexão, o exercício da crítica e o contato do humano com a sua essência, sendo a literatura, então, alçada à condição de direito incompressível.…”