“…No caso do Brasil escravista, a existência da morte voluntária entre cativos não passou despercebida aos viajantes, que ofereceram explicações mais gerais ao assunto. Oda (2007) introduz sua análise sobre as razões do suicídio segundo a visão dos pensadores dos séculos XVIII e XIX, entre eles Oliveira Mendez (1793), Henry Koster (1816), Joseph François Sigaud (1844) e Carl F. von Martius (1844), afirmando que estes autores apontam a alta frequência de mortes voluntárias entre os cativos, seja na forma passiva de deixar-se morrer de tristeza, como no banzo, seja por meios ativos, como os suicídios por enforcamento, afogamento, uso de armas brancas etc. O desgosto pela vida e o desejo de morrer são atribuídos pelos narradores a reações nostálgicas decorrentes da perda da liberdade e dos vínculos com a terra e grupo social de origem, e ainda aos castigos excessivos impostos pelos senhores (ODA, 2007, p. 347, grifo do autor).…”