O fruto de Myrciaria dubia é rico em bioativos, este apresenta alto teor de ácido ascórbico e compostos fenólicos, por este motivo, o fruto vem ganhando destaque pela sua capacidade antioxidante. O objetivo deste estudo foi avaliar se diferentes extratos obtidos de cascas do fruto de M. dubia influencia na atividade antioxidante. Extratos hidroalcoólico 70% (EHA) e glicólicos 10 e 20% (EG10 e EG20) foram obtidos de cascas a partir de um pó moderadamente grosso com perda por dessecação de 13,53%, cinzas totais de 1,95%, cinzas insolúveis em ácidos de 0,057%, pH 2,53±0,05 e índice de intumescência de 1,1ml. Os extratos foram caracterizados quanto ao teor de ácido ascórbico e polifenóis totais e a atividade antioxidante determinada por DPPH e ABTS+. O EHA apresentou 7011±39 mg/100ml de ácido ascórbico e 7,75% de polifenóis totais, enquanto que, nos EG10 e EG20 o teor de ácido ascórbico foi 3034±0 e 6137±0 mg/100mL e de polifenóis totais de 2,65 e 3,55% respectivamente. Os extratos apresentaram capacidade antioxidante DPPH com IC50 de 11,80, 48,95 e 25,26 µg/mL e ABTS+ de 92,91±0,205, 74,59±0,259 e 77,21±1,34% nos extratos EHA, EG10 e EG20, respectivamente. Os extratos apresentam conteúdos importantes de compostos bioativos, porém, o solvente influenciou no conteúdo e na atividade biológica, sendo o EHA com maior teor de bioativos o que refletiu também na sua maior capacidade antioxidante.