Nuclídeos cosmogênicos: uma análise sobre um século de pesquisa em geociências

Abstract

A língua portuguesa com mais de 20 anos de pesquisa em Nuclídes Cosmogênicos, ainda carece de literatura e bibliografias sobre o assunto em relação aos países de língua inglesa. No Brasil, estudos dedicados à pesquisa nessa área são raros e escassos. Assim, a Cosmocronologia na Ciência Brasileira é nova e quase desconhecida. Procurou-se realizar uma reconstrução histórica da pesquisa sobre nuclídeos cosmogênicos e suas implicações importantes nas Geociências, a fim de promover a discussão sobre as aplicações de nuclídeos cosmogênicos na ciência e sua história. Os nuclídeos cosmogênicos apresentam-se como uma ferramenta indispensável para o estudo, compreensão e determinação das taxas variacionais em função do tempo. Portanto, nas últimas décadas, a aplicação desses isótopos nos mais diversos ambientes geológicos, como ambientes costeiros, lacustres, glaciais, vulcânicos, tectônicos e extraterrestres tem sido explorada e compreendida.

Geotechnologies and Their Approaches in Geomorphological Studies: Challenges and Possibilities Beyond Geographical Information Systems (Gis)

“…De acordo com Laureano et al (2014), como produto desta relação, são geradas partículas secundárias que desencadeiam a formação de nuclídeos cosmogênicos na superfície e subsuperfície, que podem se apresentar de forma estável ( 3 He, 21 Ne) ou na forma radioativa ( 10 Be, 14 C, 26 Al e 36 Cl) que possuem decaimento de meia vida. Gomes et al (2018) descreve que os nuclídeos cosmogênicos terrenos são produzidos na superfície das rochas, solos e sedimentos, pela interação de raios cósmicos secundários com o núcleo dos átomos presentes em minerais, amplamente disponíveis na superfície terrestre como: feldspato, olivina e quartzo. A mensuração da razão isotópica presente nos minerais descritos, consiste na sua utilidade prática para a geomorfologia, sendo os processos de formação do relevo o principal aliado nas interpretações.…”