2019
DOI: 10.1590/s0104-71832019000300002
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Nothing is forever: um ensaio sobre as artes urbanas de Miguel Januário±MaisMenos±

Abstract: Resumo Neste artigo pretendemos analisar as intervenções artísticas politicamente engajadas de Miguel Januário, na última década, caracterizada pela premência de uma severa crise económica, financeira e social em Portugal. Ao trabalho que aqui apresentamos encontra-se uma finalidade assente num princípio heurístico primordial: o de demonstrar que a street art constitui matéria e objeto de intervenção social, demarcando um espaço próprio, definido e específico na denúncia e revelação de problemáticas sociais; m… Show more

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“…A música, aliada à mudança e à contestação, gera mecanismos que tornam possível uma prefiguração dos desafios sociais, quer sejam eles de índole política, económica, cultural, social ou territorial. Aquilo que pretendemos afi rmar é que a música se apresenta como uma manifestação que, não pretende apenas estabelecer uma denúncia face a um ou vários malefícios da sociedade (GUERRA, 2021;2020a, 2019, como também, de forma intrínseca, procura mobilizar as populações com o intuito de provocar uma ação e uma mudança dos padrões de injustiças e de desigualdades que pautam a vida quotidiana (FEIXA, 2019). É a partir deste enquadramento que aferimos que a produção musical, enquanto criação artística, produz significados relevantes socialmente.…”
Section: Vamos Fazer Uma Tourunclassified
“…A música, aliada à mudança e à contestação, gera mecanismos que tornam possível uma prefiguração dos desafios sociais, quer sejam eles de índole política, económica, cultural, social ou territorial. Aquilo que pretendemos afi rmar é que a música se apresenta como uma manifestação que, não pretende apenas estabelecer uma denúncia face a um ou vários malefícios da sociedade (GUERRA, 2021;2020a, 2019, como também, de forma intrínseca, procura mobilizar as populações com o intuito de provocar uma ação e uma mudança dos padrões de injustiças e de desigualdades que pautam a vida quotidiana (FEIXA, 2019). É a partir deste enquadramento que aferimos que a produção musical, enquanto criação artística, produz significados relevantes socialmente.…”
Section: Vamos Fazer Uma Tourunclassified
“…Deste modo, temos como princípio heurístico a demonstração dos trâmites em que as manifestações artísticas, produzidas e apresentadas por estas mulheres, podem e devem constituir matéria de intervenção social (Guerra, 2019), no sentido em que se assumem como atos de resistência (Farrugia & Hay, 2020) e, além disso, denunciam e revelam problemáticas sociais diversas, tais como a questão da sexualização e objetificação da mulher (Tavares, 2012), o empoderamento, a estigmatização e a afirmação identitária. Estas artistas podem e devem ser tidas como agentes de mudança, uma vez que promovem a demarcação de espaços próprios que revelam e que retratam parte da sociedade que, caso contrário, seriam ignoradas ou desvalorizadas (Moura & Cerdeira, 2021).…”
Section: Beat Metodológicounclassified
“…Estas artistas podem e devem ser tidas como agentes de mudança, uma vez que promovem a demarcação de espaços próprios que revelam e que retratam parte da sociedade que, caso contrário, seriam ignoradas ou desvalorizadas (Moura & Cerdeira, 2021). Os conteúdos que as mesmas divulgam são insurgentes (Guerra, 2019) das realidades vividas e experienciadas, constituindo-se simultaneamente enquanto um elemento promotor de identidades coesas.…”
Section: Beat Metodológicounclassified
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“…Apresentação ¡ Paula Guerra e Lígia Dabul [5] precisam fazer para os seus comportamentos serem distintivos é serem eles mesmos, já que os seus habitus e as suas disposições estão em perfeita sincronia com as expetativas do mundo social, que faz com que as suas ações pareçam naturais, evidentes e desinteressadas e, por conseguinte, duplamente valorizadas. Portanto, os atos de criação e de (re)criação não podem ser analisados como uma espécie de ligação ao divino, uma aura que perpassa o criador, mas, isso sim, como uma homologia entre a posição que este ocupa no campo artístico (posição de dominação ou subordinação cujo resultado são caminhos oblíquos, mas determinados (Guerra, 2019).…”
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