Introdução: A historiografia atribui uma série de significantes para designar o termo “saúde” - inclusive mental - ao longo dos séculos. Com o aprimoramento do pensamento científico na idade moderna, um novo paradigma é estabelecido culminando no entendimento atual do tema e no desenvolvimento de mecanismos para sua promoção. No contexto brasileiro temos dois grandes marcos na democratização do acesso à saúde: a implementação do SUS (Lei 8.080/1990) no âmbito público e a reforma psiquiátrica (Lei 10.216/2001) que inscreve uma visão psicossocial para a compreensão do sofrimento mental. Objetivo: Refletir a articulação entre a psicanálise como uma ferramenta investigativa e de prática de cuidado das vulnerabilidades e a promoção de saúde. Método: O presente artigo qualitativo exploratório tem como método a revisão literária de autores como Scliar (1988, 2007), Foucault (1978) e Amarante (2019) em fontes primárias e secundárias. Resultados: Os resultados apontam que a psicanálise traz um novo paradigma para a elaboração de estratégias de cuidado dos transtornos mentais ao considerar o sujeito - e não somente seu diagnóstico - como protagonista no dispositivo. Conclusão: Ao propor o resgate da autonomia e o fortalecimento subjetivo diante do sofrimento como direção de tratamento, a psicanálise pode servir de aporte para a construção de novos caminhos para o entendimento da concepção de saúde.