Abstract:Resumo O presente estudo objetiva avaliar, através da Análise de Redes Sociais (ARS), o papel do Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e outras Drogas (CAPSad) sobre a rede de atenção aos usuários de drogas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de corte transversal e abordagem quantitativa na rede de Juiz de Fora, Minas Gerais. Nela, foram identificados 187 serviços assistenciais no município. A coleta de dados foi feita a partir de questionário com profissionais destes dispositivos. A análise levou em con… Show more
“…Marginalizado pelo Estado brasileiro, os CAPS AD faceiam carências na formação profissional, por vezes atrelada ao modelo biomédico, perspectivas estigmatizantes, além da sobrecarga de trabalho aliada à escas-sez de recursos e estrutura deficitária. 19 Assim, a vivência aqui relatada evidenciou a importância do trabalho realizado pelos serviços de saúde mental. Mesmo que isso represente um desafio, é importante considerar as construções em rede como uma direção de trabalho e que não se deve perder de vista.…”
Introdução: A emergência em saúde que rapidamente evoluiu para o cenário de pandemia global de covid-19, resultou em mudanças no comportamento e hábito das pessoas, além de medidas das autoridades para conter a contaminação pelo vírus e seus diversos efeitos. Os sistemas de saúde, em seus diferentes níveis de atenção, precisaram se organizar para atender à população, desde os quadros leves até os graves e procedimentos de reabilitação. Objetivo: O presente artigo tem como objetivo apresentar a experiência da equipe multiprofissional de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD)durante o período de pandemia. Relato de Experiência: As mudanças do processo de trabalho e fluxos de atendimento impostas a partir da instalação da mesma, desafiaram gestores e equipes na oferta qualificada de cuidado e assistência, entendendo a necessidade de continuidade das ações e do alinhamento das mesmas às diretrizes sanitárias. Conciliar as premissas da luta antimanicomial no trabalho em saúde mental e reabilitação psicossocial, como o estabelecimento de vínculo, diálogos com o coletivo e proximidade com os sujeitos e seus territórios, tornou-se um grande desafio. Discussão: Em retrospectiva, percebeu-se através da experiência descrita, que uma das possibilidades frente às imposições do coronavírus foi o fortalecimento de ferramentas já conhecidas em saúde mental e o foco no trabalho em rede. Porém, por mais que seja possível reconhecer a potência que há no arcabouço do SUS, assistir à redução de investimentos progressiva no setor e à incerteza quanto à duração e os efeitos da pandemia na saúde da população, elevam o grau de angústia dos trabalhadores. Conclusão: Ademais, coloca-se a necessidade de compartilhamento da experiência para que outros dispositivos pelo país possam reconhecer suas potencialidades e desafios em comum, além de contribuir com a literatura da área e tornar-se dado para a formulação de políticas públicas.
“…Marginalizado pelo Estado brasileiro, os CAPS AD faceiam carências na formação profissional, por vezes atrelada ao modelo biomédico, perspectivas estigmatizantes, além da sobrecarga de trabalho aliada à escas-sez de recursos e estrutura deficitária. 19 Assim, a vivência aqui relatada evidenciou a importância do trabalho realizado pelos serviços de saúde mental. Mesmo que isso represente um desafio, é importante considerar as construções em rede como uma direção de trabalho e que não se deve perder de vista.…”
Introdução: A emergência em saúde que rapidamente evoluiu para o cenário de pandemia global de covid-19, resultou em mudanças no comportamento e hábito das pessoas, além de medidas das autoridades para conter a contaminação pelo vírus e seus diversos efeitos. Os sistemas de saúde, em seus diferentes níveis de atenção, precisaram se organizar para atender à população, desde os quadros leves até os graves e procedimentos de reabilitação. Objetivo: O presente artigo tem como objetivo apresentar a experiência da equipe multiprofissional de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD)durante o período de pandemia. Relato de Experiência: As mudanças do processo de trabalho e fluxos de atendimento impostas a partir da instalação da mesma, desafiaram gestores e equipes na oferta qualificada de cuidado e assistência, entendendo a necessidade de continuidade das ações e do alinhamento das mesmas às diretrizes sanitárias. Conciliar as premissas da luta antimanicomial no trabalho em saúde mental e reabilitação psicossocial, como o estabelecimento de vínculo, diálogos com o coletivo e proximidade com os sujeitos e seus territórios, tornou-se um grande desafio. Discussão: Em retrospectiva, percebeu-se através da experiência descrita, que uma das possibilidades frente às imposições do coronavírus foi o fortalecimento de ferramentas já conhecidas em saúde mental e o foco no trabalho em rede. Porém, por mais que seja possível reconhecer a potência que há no arcabouço do SUS, assistir à redução de investimentos progressiva no setor e à incerteza quanto à duração e os efeitos da pandemia na saúde da população, elevam o grau de angústia dos trabalhadores. Conclusão: Ademais, coloca-se a necessidade de compartilhamento da experiência para que outros dispositivos pelo país possam reconhecer suas potencialidades e desafios em comum, além de contribuir com a literatura da área e tornar-se dado para a formulação de políticas públicas.
“…Como identificado por outro estudo que utilizou a avaliação pelo QR em CAPS Adulto, os serviços especializados de saúde mental tendem a centralizar todas as necessidades de saúde dos usuários, devido ao vínculo e às relações de confiança que estabelecem, o que facilita o cuidado 10 . No entanto, para garantir o padrão mais elevado de saúde para esta população, a integralidade das ações deve ser compartilhada com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sobretudo com a atenção primária 22 , como indica o artigo 25 da CDPD.…”
Section: Discussão O Direito a Usufruir O Padrão Mais Elevado De Saúd...unclassified
Resumo Este artigo tem por objetivo avaliar se os resultados do acolhimento integral em Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD III) atendem aos padrões de qualidade para proteção e respeito dos direitos humanos dos usuários. Desenvolvemos um estudo avaliativo, quantitativo e de desenho longitudinal com 122 usuários acolhidos integralmente em dois CAPS AD III, com follow-up após 14 e 90 dias. Os resultados dos indicadores qualidade de vida, consequências da dependência de substâncias e reabilitação psicossocial, foram posteriormente analisados à luz do referencial QualityRights. Três temas e nove padrões foram avaliados. Quatro padrões foram classificados como alcance total, quatro como alcance parcial e um como alcance iniciado. O direito a usufruir do padrão mais elevado possível de saúde física e mental foi o padrão mais atingido pelo acolhimento integral (tema 2). O direito a exercer a capacidade legal e o direito à liberdade pessoal e segurança foi atendido com algumas fragilidades (tema 3). O direito de viver de forma independente e ser incluído na comunidade, necessita de outros recursos sociais, além do cuidado especializado em saúde mental, para ser melhorado (tema 5).
“…Os transtornos decorrentes do consumo de substâncias psicoativas suscitam inúmeros prejuízos de ordem física, mental, ocupacional e social nos indivíduos, seus familiares ciência plural e em toda a sociedade. Assim, a intervenção para os transtornos decorrentes deve englobar múltiplas abordagens terapêuticas e ser acolhido por uma equipe multiprofissional, capaz de atuar na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) 8 . Muitas vezes os dependentes químicos fazem uso de várias substâncias psicoativas, o que torna o tratamento mais difícil e piora o seu estado de saúde mental, corroborando para o surgimento de outros transtornos psiquiátricos 6 .…”
Introdução: O uso de álcool e drogas é um problema crescente no Brasil e no mundo. Conhecer a epidemiologia dessa população nos serviços de atendimento aos usuários de substâncias psicoativas é um imperativo para melhor trata-los. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos usuários de um CAPS AD no Nordeste do Brasil. Metodologia: estudo descritivo, transversal, quantitativo. Por meio de planilha eletrônica, foram analisados os 281 prontuários de todas as pessoas maiores de 18 anos que utilizavam o serviço. Foi empregado o teste de chi-quadrado considerando o fator de p significativo menor ou igual a 0,05. O estudo foi aprovado eticamente. Resultados: homens, média de 42,06 anos, com nível fundamental de escolaridade e casados, formavam a maior parte da amostra. Foram estatisticamente relevantes: o maior consumo de álcool nos homens (p=0,03); maior escolaridade nos usuários de cocaína (p=0,0126); maior tabagismo nos menos escolarizados (p=0,0166); prole como proteção ao uso de cocaína (p=0,0006) e cannabis (p=0,0004); não ter filhos com menos uso de álcool (p=0,0015); uso precoce de cannabis (p=0,0002) e álcool (p=0,0065). Conclusões: perfis epidemiológicos em centros especializados podem nortear políticas públicas, na perspectiva de cuidado aos usuários de drogas.
Palavras-Chave: Saúde Mental, CAPS, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, Epidemiologia.
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