DOI: 10.11606/t.8.2013.tde-13012014-104147
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No limiar dos Impérios: projetos, circulações e experiências na fronteira entre a Capitania do Rio Negro e a Província de Maynas (c.1780-c.1820)

Abstract: RESUMO:Esta tese analisa as políticas destinadas à área fronteiriça entre a Capitania do Rio Negro e a Província de Maynas, bem como as circulações e experiências que caracterizaram esse espaço "amazônico". O recorte cronológico abarca, inicialmente, os trabalhos de demarcação de limites empreendidos por representantes das Coroas espanhola e portuguesa, na década de 1780, compreendendo ainda os anos de crise política do Antigo Regime e a eclosão dos movimentos de independência na América nas primeiras décadas … Show more

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“…A concorrência e o conflito, fincados nas experiências históricas de ambas, seriam os substratos do 'horizonte de expectativas' dos planejamentos e do próprio processo de demarcação espacial do Tratado de Santo Ildefonso, iniciado efetivamente a partir de 1781. Disso tem tratado uma rica e recente historiografia, tanto de língua portuguesa como de espanhola, que tem reconstruído a complexidade do desenvolvimento dos trabalhos de delimitação territorial nas zonas limítrofes do rio da Prata e do Amazonas dentro das múltiplas estratégias de dilatação da fronteira nacional, pouco aderente às expectativas de um futuro pacífico, colocadas nos tratados diplomáticos, e mais condizentes com as experiências conflituosas vivenciadas em diferentes temporalidades do passado (Lucena Giraldo, 1993;Tejerina, 1996;Bastos, 2013).…”
Section: Experiências E Expectativas Das Demarcaçõesunclassified
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“…A concorrência e o conflito, fincados nas experiências históricas de ambas, seriam os substratos do 'horizonte de expectativas' dos planejamentos e do próprio processo de demarcação espacial do Tratado de Santo Ildefonso, iniciado efetivamente a partir de 1781. Disso tem tratado uma rica e recente historiografia, tanto de língua portuguesa como de espanhola, que tem reconstruído a complexidade do desenvolvimento dos trabalhos de delimitação territorial nas zonas limítrofes do rio da Prata e do Amazonas dentro das múltiplas estratégias de dilatação da fronteira nacional, pouco aderente às expectativas de um futuro pacífico, colocadas nos tratados diplomáticos, e mais condizentes com as experiências conflituosas vivenciadas em diferentes temporalidades do passado (Lucena Giraldo, 1993;Tejerina, 1996;Bastos, 2013).…”
Section: Experiências E Expectativas Das Demarcaçõesunclassified
“…Essa linha reta passaria depois da povoação de Tabatinga, cuja fundação tinha sido realizada após o estabelecimento do Tratado de 1750, em 1762, sendo, por isso, considerada ilegal pelos espanhóis. 6 Dessa forma, Requena tinha exigido a entrega da Fortaleza de Tabatinga pelos portugueses, como prova da disposição destes em cumprir os ditames do Tratado de Limites de 1777, o que levou à primeira tensão entre os Comissários luso-espanhóis na fronteira (Torres, 2011;Bastos, 2013).…”
Section: Demarcando Soberanias Nos Confinsunclassified
“…Nos espaços nos quais o extrativismo era a atividade principal de produção do espaço -mesmo no caso das Minas Gerais, da América Lusitana, talvez a grande exceção de formação baseada no extrativismo e com hegemonia da força de trabalho escravizada (DANTAS, 2016) -a mobilidade (física, principalmente) do trabalho era uma questão crítica (HARRIS, 2017), sobretudo em espaços de fronteira (BASTOS, 2017), havendo oportunidades de relativa mobilidade social e fraturas que possibilitavam articulações entre as classes sociais de opressores e oprimidos, impossíveis nos espaços das plantations (RUSSEL-WOOD, 2014;HARRIS, 2017;BASTOS, 2017).…”
unclassified
“…Cobrindo essa infraestrutura produtiva, um conjunto de relações dos mecanismos de reprodução do poder local através da estrutura política, jurídica e policial, enfim, a média das superestruturas política e cultural-ideológica pareceria se encaixar muito bem à hipótese da transplantação do feudalismo da Europa para o outro lado do Atlântico. Assim, os campesinos -ou seja, toda sorte de populações não proprietárias, formalmente não escravizadas (embora pudessem ser livres apenas de jure, mas não de facto, como era o caso dos indígenas de ambos os lados da fronteira ibero-americana (BASTOS, 2017;HARRIS, 2017), cobrindo uma diversidade de culturas (ribeirinhos, caipiras, caiçaras, sertanejos etc.) -se tornaram em vários textos um conjunto de "trabalhadores pré-assalariados" ou até "proto-assalariados".…”
unclassified
“…Aqui, em especial dois:Bastos (2013) eNeves (2014). Deve-se mencionar também os importantes esforços analíticos de Scarlett O'Phelan, dos quais resulta uma das contribuições ao volume no qual este texto está publicado (além de O'Phelan, 2012b).4 José Fernando de Abascal(1944).…”
unclassified