Nível dos Conhecimentos Sobre as Leishmanioses Visceral e Tegumentar pela População de Alguns Bairros de Teresina, Piauí, Brasil

Abstract

ResumoAs leishmanioses são antropozoonoses de ampla distribuição mundial e consideradas um grave problema de saúde pública. Com base nas informações sobre os aspectos epidemiológicos, a população pode mudar seu comportamento e atitude diante de tais doenças e, assim, tomar medidas preventivas que possam minimizar os riscos de contraí-las. Esse estudo teve como objetivo identificar o nível de conhecimento da população de Teresina, Piauí, sobre Leishmaniose Visceral (LV) e Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). A coleta dos dados foi realizada por meio de questionário em 150 residências nos bairros Santo Antônio, Pedra Mole e Parque Alvorada no período de fevereiro a junho de 2013. A análise dos dados mostrou que grande maioria dos casos de leishmaniose ocorreu em indivíduos que possuíam no máximo o ensino fundamental completo e a renda familiar, na maioria dos entrevistados, chegou a um salário mínimo. Além disso, 89,3% das residências possuíam acumulo de matéria orgânica no peridomicílio, e todas estavam localizadas próximas de matas; 78,6% citaram a presença de mosquitos e de animais domésticos. 94,6% dos entrevistados desconheciam tanto a LTA, como também o transmissor da doença. Tal fato corrobora que a população desconhece que a presença de vegetação no peridomicílio, acúmulo de matéria orgânica, presença de animais domésticos, dentre outros fatores contribuem para a proliferação do vetor e para o estabelecimento e disseminação das leishmanioses no meio urbano. Palavras

Conhecimento populacional sobre leishmaniose no município de Marília, São Paulo, Brasil.

“…Observou-se que os principais sinais clínicos de leishmaniose reportados pelos tutores foram emagrecimento (35,05%), queda de pelo (30,71%) e feridas pelo corpo (22,38%), resultados corroborados por estudos realizados por Moura et al (2015) em população de três bairros de Teresina, PI, em que constaram os sinais clínicos de leishmaniose mais relatados: emagrecimento (38%), queda de pelos (57,3%) e feridas na pele (40,6%). Brustoloni et al (2013), ao realizarem questionário com familiares de crianças portadoras de leishmaniose visceral, observaram que 64,2% dos familiares souberam referir um ou mais sinais clínicos no cão, incluindo emagrecimento, lesões cutâneas e crescimento anormal das unhas.…”

Aspectos epidemiológicos da evolução da Leishmaniose Visceral Canina em Santarém, Pará, Brasil

“…Essa enfermidade é endêmica em vários países, inclusive no Brasil, havendo cerca de 90% dos casos ocorridos nos países da América Latina (Matsumoto et al, 2021). Durante a última década, com destaque para o ano de 2013 em diante, tem ocorrido surto da doença em alguns estados brasileiros como no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Araçatuba (SP), Santarém (PA), Corumbá (MS), Teresina (PI), Natal (RN), São Luis (MA), Fortaleza (CE), Três Lagoas (MS), Palmas (TO) (Casagrande et al, 2013, Cavalcante et al, 2014, Moura et al, 2015.…”