Introdução: a exposição ao ruído no ambiente escolar pode gerar desconforto, sendo apontada como um dos fatores relacionados às dificuldades de aprendizagem e concentração. Objetivo: definir a relação entre a exposição ao ruído e os efeitos auditivos e não auditivos na percepção de professores do ensino infantil e fundamental I e II em uma escola privada no Vale do Itajaí. Metodologia: coleta de dados com aplicação de questionário online respondido por 29 professores, contendo perguntas de múltipla escolha, com análise estatística descritiva. Resultados: 89,66% dos professores têm jornada de trabalho semanal superior a 20 horas/aula; 20% percebem a presença de ruído na escola, sendo esta de intensidade moderada; 68,97% apontaram como principal fonte de ruído os próprios alunos e 62,07% o intervalo e a quadra de esportes; 41,4% percebem prejuízos na saúde, porém desconhecem a existência de normas regulamentadoras sobre o ruído na escola; 100% relatam sintomas de estresse, ansiedade, irritabilidade e/ou insônia e 68,96% relacionam estes com a exposição ao ruído; 34,48% percebem agravos dos sintomas após as aulas; 55,17% nunca receberam informações ou participaram de atividades sobre o ruído, embora 86,21% “fazem combinados” [estabelecem regras] com os alunos para minimizar os efeitos do ruído no ambiente escolar. Conclusão: os efeitos do ruído na escola são percebidos pelos professores, principalmente no intervalo das aulas, sendo os sintomas de estresse, ansiedade, irritabilidade e/ou insônia os mais citados.