Níveis de estresse e ansiedade em uma residência interprofissional em pediatria

Abstract

This study aims to identify the levels of stress and anxiety in residents participating in the multiprofessional residency program in child and adolescent health of the first and second years of a private college in the city of Curitiba, state ofParaná. It is a cross-sectional study of quantitative approach, conducted with residents of the child and adolescent health care area. Three self-administered instruments were used: sociodemographic questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale and Perceived Stress Scale. Fifty-four professionals enrolled in the residency program participated in the study, and 98.1% were female, aged between 21 and 35 years, 87% were single and 98.1% had no children; 55% had an important level of stress, 68.5% had a positive result for anxiety, and 33.3% had a positive score for depression. The guidelines and norms that involve residency programs shall be discussed and revised to improve the residents’ working conditions.

Saúde de residentes de programas de residência multiprofissional: uma revisão integrativa

“…Em relação a saúde dos residentes, os estudos revelam a prevalência de ansiedade, estresse e depressão, fenômenos que apresentam uma média exponencial crescente com o passar do tempo da residência e manifestam-se com maior prevalência entre residentes do sexo feminino (Silva et al, 2021;Menegatti et al, 2020;Guido et al, 2012;Dabrow et al, 2006). Logo, nervosismo, tensão, ansiedade, preocupação, uso de medicamentos e o afastamento do ambiente de formação para tratamento de problemas de saúde mostraram-se frequentes entre os participantes dos estudos (Falco et al, 2019;Tavares et al, 2014).…”

“…O perfil sociodemográfico dos residentes multiprofissionais da área da saúde, caracterizado pelo coletivo de trabalhadores jovens, recém-formados, com pouca ou nenhuma experiência com o mundo do trabalho, transfigura-se como elemento que reflete negativamente na saúde dos mesmos (Menegatti et al, 2020;Falco et al, 2019). Tal realidade pode ser justificada pela ausência de autonomia e pouca habilidade para enfrentar os contratempos impostos pelo ambiente de trabalho, uma vez que se trata de uma vivência nova e desconhecida, que pode gerar medo, insegurança e estresse (Silva et al, 2021;Tavares et al, 2014). Logo, a redução de vínculos afetivos ocasionada pela mudança residencial e a adaptação à nova cultura são elementos que contribuem para o sofrimento psíquico e o desenvolvimento de diversas patologias, como hipertensão arterial, obesidade, diabetes, depressão e síndrome de Burnout (Silva et al, 2021;Tavares et al, 2014;Menegatti et al, 2020;Oliveira et al, 2013).…”

“…Os resultados dessa revisão integrativa da literatura evidenciaram que o perfil sociodemográfico dos residentes multiprofissionais da saúde é caracterizado, majoritariamente, pelo sexo feminino, com a faixa etária entre 20 e 30 anos, solteiros e sem filhos. Ao analisar o tempo de formação acadêmica, constatou-se que os mesmos se inseriram nos programas de residência entre um ou dois anos após a conclusão do curso de graduação (Silva et al, 2021;Menegatti et al, 2020;Falco et al, 2019;Fernandes et al, 2017;Rotta et al, 2019;Tavares et al, 2014;Moreira et al, 2016;Potter & Megan, 2021).…”

Estresse laboral e síndrome de burnout em profissionais residentes multiprofissionais em saúde: uma revisão narrativa

“…Os residentes em saúde, especialmente os de enfermagem apresentam manifestações relacionadas às condições de trabalho durante o período de treinamento profissional. Destacam-se as à insatisfação quanto à substituição de funcionários, desvio de função, esgotamento físico, mental/ emocional, e pouco tempo para o lazer (17) .…”

“…A baixa idade pode ser considerada um fator relevante no surgimento do estresse, uma vez que residentes mais novos e inexperientes no quesito profissional apresentam maiores níveis de estresse, além do grau de flexibilidade e de liberdade reduzidos em seu trabalho (17) .…”