Este artigo propõe uma breve análise do longa-metragem A casa assassinada (1971), de Paulo César Saraceni. Considerando o filme como obra autônoma e o contexto histórico que o separa do lançamento do romance que lhe serviu de base, Crônica da casa assassinada (1959), de Lúcio Cardoso, pretendemos destacar as personagens femininas Nina e Ana. Atentos à disjunção entre palavra e imagem nessa casa fechada, observaremos a maneira como os trechos das narrativas em primeira pessoa dessas personagens foram selecionados do romance e postos em cena no filme.