2018
DOI: 10.1590/0101-6628.144
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Nem santa, nem pecadora: novas roupagens, velhas dicotomias na coisificação da mulher

Abstract: Resumo: Analisamos o movimento histórico de dominação da mulher no capitalismo, entendendo que as relações sociais de sexo e gênero são responsáveis pelos altos índices de violência contra as mulheres, uma das múltiplas expressões da questão social. A coisificação do corpo feminino reforçado pela mídia é acompanhada pela ideia da liberdade sexual, uma forma de aproximação da mulher ao seu corpo e sexualidade, mas que tende a ser utilizada como reafirmação do corpo feminino como coisa a ser consumida.

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“…On the other hand, in males, the highest prevalence was associated only with boys aged between 10 and 12 years. These ndings suggest that boys are victims more often while there is still no possibility of defense, and for this reason the outcome is less prevalent in older ages [34].…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 89%
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“…On the other hand, in males, the highest prevalence was associated only with boys aged between 10 and 12 years. These ndings suggest that boys are victims more often while there is still no possibility of defense, and for this reason the outcome is less prevalent in older ages [34].…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 89%
“…Historically, in the context of a patriarchal society deeply marked by the asymmetry of power in gender relations, there is a perpetuation of eroticization and objecti cation of the female body, which begins during childhood and intensi es during adolescence [34]. In this context, it is important to emphasize that sexual violence is one of the manifestations of gender inequality that mainly affects women across the lifespan, and one of the cruelest forms of demonstration of dominance imposed on them [1].…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Esse processo histórico-político-social, travestido de naturalização, contribuiu para a formação da concepção, por ora deturpada, de que o sexo feminino é, por natureza, "frágil", noção esta que serve à manutenção da ideia da superioridade masculina. Tal idealização, bem como outros fatores, deu margem à perpetuação de estigmas que, consequentemente, culminaram com as inúmeras formas de violência protagonizada pelos homens contra diversos grupos sociais, inclusive as mulheres (SOUSA; SIRELLI, 2018).…”
Section: Introductionunclassified
“…Assim, a noção de inferioridade entre os gêneros, sobrepondo o masculino em relação ao feminino, solidifica-se no sistema patriarcal capitalista, produzindo o processo de coisificação da figura feminina e determinando as diferentes formas de violência contra a mulher, considerada pela Organização das Nações Unidas como todo ato de violência praticado por motivos de gênero, dirigido contra uma mulher (GADONI-COSTA; DELL' AGLIO, 2010;SOUSA;SIRELLI, 2018).…”
Section: Introductionunclassified
“…O corpo é resultado de interpelações históricas e culturais de acordo com as épocas e lugares (Fernandes, 2009). A indústria da beleza através da idealização do corpo feminino reforça a rivalidade entre as mulheres e fortalece o domínio masculino e, nesse sentido, a feminista não raro é retratada de maneira estereotipada como masculinizada (Sousa & Sirelli, 2018). As falas dos homens na roda de conversa enfatizam a reificação do corpo feminino na medida em que concebem a cantada como diferente do assédio.…”
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