Essa tese, como todas as outras, não poderia ter sido escrita sem apoios, apostas, incentivos, críticas, diálogos, afetos, carinhos e cuidados de diferentes tipos. Apesar do processo de escrita de uma tese ser extremamente solitário e quase sempre penoso, estou certa de que esse texto é fruto do encontro entre diferentes intenções que me extrapolam, de todos os autores que li às pessoas que simplesmente me desejaram o melhor nessa empreitada. Sempre sob os riscos do esquecimento, gostaria de retribuir em agradecimentos aos mais diretamente implicados. Eventualmente, poderei me apropriar de alguns poetas para tentar expressar aquilo que o sentimento alcança, mas as palavras escapam. Peço licença a todos eles.Em primeiro lugar, agradeço às agências de financiamento que possibilitaram minha dedicação exclusiva a esta pesquisa ao longo de quatro anos, à Capes, em um primeiro momento, e à Fapesp, em seguida. Mantenho a certeza na necessidade de um futuro em que o fortalecimento dessas e de outras agências torne possível uma universidade pública e uma produção científica mais fortes, mais amplas e, principalmente, mais democráticas.Bela Feldman é minha orientadora desde o mestrado. Lembro-me de já nos primeiros momentos desse encontro providencial ter me identificado com sua postura firme e direta, seu jeito rebelde, nada convencional, e sua antropologia engajada. Não é fácil agradecer por tudo o que lhe devo ao longo desses anos: por sua acolhida afetuosa, por seus ensinamentos sobre antropologia e pesquisa e, sobretudo, pela forma como ela me ensinou. Bela tem uma forma bonita de orientar. Eu me beneficiei de sua confiança, de minha parte mais do que retribuída, e de seu profundo respeito por minhas ideias e decisões. Trabalhar com ela sempre foi gozar da liberdade que tanto prezo e, ao mesmo tempo, me beneficiar de sua experiência, sua atenção e sua franqueza em relação aos meus caminhos. Seus constantes pedidos de "duas páginas", um exercício de síntese tão difícil quanto importante, foram determinantes para a depuração e o refinamento das ideias. Bela está presente em cada uma das páginas que seguem. Nessa relação, que foi bem além de uma orientação, eu conheci uma pessoa generosa e companheira, não somente compreensiva, mas parceira nos momentos difíceis.Hoje, creio que posso agradecer à Bela por sua amizade. Além de Bela, outros professores foram fundamentais para a formação antropológica da reticente historiadora que ingressou no PPGAS em 2009: