Negociação, Cooperação e Desenvolvimento Local sob uma Perspectiva Sistêmica: um Estudo de Caso no Arranjo Produtivo Local de Fruticultura de Jaíba-MG

Abstract

O objetivo deste artigo é analisar, sob uma perspectiva sistêmica, como a negociação influencia o processo de cooperação e se este processo contribui com o fomento do desenvolvimento local de regiões onde arranjos produtivos locais estão instalados. Para atingir este objetivo foi feito um estudo de caso qualitativo e exploratório no APL de Fruticultura de Jaíba-MG. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas em propriedades rurais e instituições de apoio ao APL. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo. Os resultados mostram que as ações de cooperação estabelecidas no APL são principalmente do tipo multilateral horizontal, derivadas de negociações ganha-ganha. Essas ações contribuíram para o desenvolvimento local do APL, sobretudo nos seguintes aspectos: capacitação dos recursos humanos; melhoria de aspectos ambientais: conquista de novos clientes/ampliação de mercado; redução de custos e; melhoria da tecnologia de produção.

Clusters and Factors that Form the Dimensions of Local Development

“…Alvarenga et al (2013); Carrol and Zeller (2012); Marchi et al (2014); ; Martinelli and Joyal (2004). Brandão (2007); Joyal and Bessa (2012); Lastres and Cassiolato (2003); Martinelli and Joyal (2004); Oliveira (2013); Oliveira and Martinelli (2014a).…”

“…Flexible geographical and spatial delimitation of the cluster composition according to issues that need addressing, avoiding the spatial concentration of groups, production activities, and knowledge, considering both rural and urban areas. Influence and/or integrated participation of the authors/agents, capable of generating and maintaining ; Martinelli and Joyal (2004); Mattos (2008); Oliveira (2013).…”

Arranjos produtivos locais e impactos no desenvolvimento local: inter-relações entre as dimensões ambiental, cultural, econômica, espacial, institucional, política e social, em arranjos situados no Sudeste e Centro-Oeste brasileiro

“…Avaliação da contribuição que os aglomerados produtivos exercem no desenvolvimento local do estado do RJ, Brasil (OLIVARES; DALCOL, 2014). Análise, sob a perspectiva sistêmica, de como a negociação influencia o processo de cooperação, e se este processo contribui com o desenvolvimento local, realizando um estudo no arranjo produtivo local de fruticultura de Jaíba, MG, Brasil (OLIVEIRA;MARTINELLI, 2014a (MARINI et al, 2012;COSTA, 2010;FOCHEZATTO, 2010;SCHMITZ, 1999).…”

“…MARCHI; LEE; GEREFFI, 2014; CASANUEVA; CASTRO; GÁLAN, 2013;CUNHA;PASSADOR;PASSADOR, 2012;BELSO-MARTINEZ, 2010;JOYAL, 2004;CASSIOLATO, 2003 Há ambiente de confiança, a partir da segurança nas relações entre os atores/agentes, de forma que a cooperação esteja sendo melhor exercida e, as ações coletivas estejam se concretizando. DOLOREUX;SHEARMUR;GUILLAUME, 2015;MARTINELLI, 2014a;ALVARENGA et al, 2013;CASANUEVA;CASTRO;GÁLAN, 2013;OLIVEIRA, 2013;CARROL;ZELLER 2012;CUNHA;PASSADOR;PASSADOR, 2012;BESSA, 2012 LÜBECK;WITTMANN;DIAS, 2011;DALCOL, 2010;BELSO-MARTINEZ, 2010;MATTOS, 2008;VECCHIA, 2008;JOYAL, 2004;BARBOSA, 2004;CASSIOLATO, 2003;SZAPIRO, 2003 Há ações com foco na coletividade, contribuindo para obtenção dos benefícios da cooperação, sejam: sociais, culturais e econômicos. A cooperação é formadora de identidade e vocações que se traduzem em ativos intangíveis, de geração e crescimento do arranjo.…”

“…MARCHI;LEE;GEREFFI, 2014;ALVARENGA et al, 2013;CARROL;ZELLER, 2012;JOYAL, 2004 Os indivíduos participantes contribuem mutuamente com o desenvolvimento do arranjo, a partir das discussões, atividades, ações e práticas de melhorias, no sentido de haver trocas, correspondência e distribuição equitativa, tanto nos esforços, quanto nos benefícios dos resultados. MARTINELLI, 2014a;OLIVEIRA, 2013;BESSA, 2012;BRANDÃO, 2007;JOYAL, 2004;CASSIOLATO, 2003 Há ambiente para negociação entre os interesses divergentes, no sentido de ser preciso saber o momento de ceder e o momento de opor-se, de modo que ganhos sejam possíveis. Há espaço para resolução de interesses conflitantes, de forma que a cooperação ocorra em detrimento à competição, e a diferença de opinião atue como estímulo para soluções inovadoras.…”