Este ensaio é sobre a célebre "A balada do velho marinheiro" de Samuel Taylor Coleridge (1898), uma obra romântica que incorpora poeticamente o primeiro programa ambientalista que a literatura já ofereceu. Portanto, com a ajuda do mundo espiritual de Coleridge e de suas narrativas meta-ficcionais, esta pesquisa visa a penetrar no núcleo dos crimes contra o meio ambiente. Atualmente, uma crescente complexidade jurídica aprisiona o meio ambiente em uma rede normativa densa que pode estar impedindo a completa compreensão das perdas globais experimentadas em casos de ecovitimação e dos abusos que estão em jogo nessas situações. Sob tais circunstâncias, propõe-se uma revisão da impressionante obra-prima de Coleridge, aplicando o método narrativo emergente no marco da Vitimologia Narrativa, disciplina que se ocupa do relato cultural da vitimação e suas consequências.