Natural and experimental poisoning by Cestrum laevigatum (Solanaceae) among cattle in the Agreste region of Paraíba, Brazil

Abstract

An outbreak of natural poisoning by Cestrum laevigatum was reported among cattle in the Agreste region of Paraíba, which affected six out of 20 animals. Four animals were found dead and two presented clinical signs, including, dyspnea, drooling, jugular vein engorgement, muscle tremors and ataxia, which subsequently progressed to recumbence and death. An experimental poisoning was performed in two bovines who were administered single doses of 35 g kg -1 and 50 g kg -1 body weight (BW), respectively, of fresh leaves and fruits. The animal that received 35 g kg -1 BW had mild clinical signs, consisting of apathy, salivation and reduced ruminal movements with recovery 30 hours after the onset of initial signs. The animal that received 50 g kg -1 BW showed apathy, dry stool, drooling, hyperexcitability, head pressing, opisthotonos, nystagmus, miosis, jugular and episcleral vessel engorgement, ruminal atony, muscle tremors, ataxia, falling, seizures, and sternal recumbence, followed by lateral recumbence, with death occurring 21 hours and 37 minutes after ingestion. The enzyme activities of aspartate aminotransferase and gamma-glutamyltransferase in the serum increased significantly 18 hours after the administration of the plant. The primary gross lesions in the natural and experimental cases were enlarged livers, with rounded edges and accentuation of the lobular pattern on the capsular and cut surfaces. Histopathology revealed diffuse centrilobular coagulative necrosis with hemorrhages and congestion, and the presence of degenerated hepatocytes in the midzonal regions. Based on the epidemiological and clinicopathological data, we concluded that C. laevigatum was responsible for an acute hepatotoxic disease among cattle in the Agreste region of Paraíba. dois apresentando sinais clínicos, com dispneia, hipersalivação, ingurgitamento das jugulares, tremores musculares e incoordenação, evoluindo para decúbito e morte, sendo posteriormente submetidos à necropsia. Foi realizada a intoxicação experimental em dois bovinos que receberam doses únicas, correspondente a 35g kg -1 e 50g kg -1 de peso corporal (PC) de folhas e frutos frescos. O bovino que recebeu 35g kg -1 PC apresentou alterações clínicas leves, que consistiam em apatia, salivação e redução dos movimentos ruminais com recuperação 30 horas após o início dos sinais. Já no bovino que recebeu 50g kg -1 PC observou-se apatia, ressecamento das fezes, hipersalivação, hiperexcitabilidade, pressão da cabeça contra objetos, opistótono, nistagmo, miose, ingurgitamento das jugulares e dos vasos episclerais, atonia ruminal, tremores musculares, quedas, incoordenação, convulsões e decúbito esternal, seguido de decúbito lateral com morte 21h e 37min após a administração da planta. As atividades séricas de aspartato aminotransferase e gama-glutamiltransferase começaram a apresentar alterações significativas 18 horas após a administração da planta. As principais alterações macroscópicas nos animais naturalmente e experimentalmente intoxicados foram observadas no fígado,...

Plantas Tóxicas a Bovinos: Análise Dos Processos De Dispersão E Regeneração Das Espécies

“…A ingestão da planta pelos animais provoca distrofia hepática centro lombar em bovinos, caprinos e ovinos, sendo alvo da atenção dos criadores que procuram eliminá-las das pastagens (OLIVEIRA NETO et al, 2017). Os sinais clínicos da intoxicação caracterizam-se por anorexia, apatia, tremores musculares, excitação, agressividade, andar cambaleante, constipação, fezes ressecadas contendo muco e sangue, gemidos, sialorreia, focinho seco, sonolência e decúbito esternal (LUGT et al, 1992).…”

“…A intoxicação pode ser melhor prevenida por meio da erradicação das plantas e dos propágulos reprodutivos, especialmente durante os meses de junho e julho. Além disso, recomenda-se dificultar o acesso de bovinos às folhas e brotos da espécie no solo, principalmente na seca e no início da estação chuvosa, quando pode haver escassez de forragem de boa qualidade (OLIVEIRA NETO et al, 2017).…”