“…Quanto ao secundário, reforçava que lhe caberia criar junto à juventude a base ideológica de uma elite consciente, no que toca à condução da política educativa necessária para formar o cidadão necessário ao regime. Por esse modelo, deveria permanecer fiel às suas raízes humanísticas e preparatórias, convergentes às funções de formar a cultura média nacional, selecionar e preparar egressos para compor a elite condutora -ou seja, constituir a espinha dorsal do projeto elitista desenhado desde o Inquérito de 1926 (CARDOSO, 1982;BONTEMPI Jr. 2017). Quanto à universidade, Ramos de Carvalho bateu-se por sua autonomia gerencial e didática; pela continuidade da tradição didáticocientífica dos professores das missões estrangeiras na FFCL; pela integração das unidades em torno de um "espírito universitário" e da universalidade do conhecimento (MAIA, 2019).…”
O artigo trata de aspectos da trajetória de Laerte Ramos de Carvalho (1922-1972) na educação e na esfera pública. Destacam-se suas intervenções como professor, jornalista, gestor, pesquisador e autor, em abordagem histórica e com base em fatos e discursos obtidos em fontes documentais. Resulta desse investimento a construção de uma imagem mais delineada e complexa do biografado, cuja trajetória expressa, em atos e palavras, as tensões e contradições da condição de intelectual.
“…Quanto ao secundário, reforçava que lhe caberia criar junto à juventude a base ideológica de uma elite consciente, no que toca à condução da política educativa necessária para formar o cidadão necessário ao regime. Por esse modelo, deveria permanecer fiel às suas raízes humanísticas e preparatórias, convergentes às funções de formar a cultura média nacional, selecionar e preparar egressos para compor a elite condutora -ou seja, constituir a espinha dorsal do projeto elitista desenhado desde o Inquérito de 1926 (CARDOSO, 1982;BONTEMPI Jr. 2017). Quanto à universidade, Ramos de Carvalho bateu-se por sua autonomia gerencial e didática; pela continuidade da tradição didáticocientífica dos professores das missões estrangeiras na FFCL; pela integração das unidades em torno de um "espírito universitário" e da universalidade do conhecimento (MAIA, 2019).…”
O artigo trata de aspectos da trajetória de Laerte Ramos de Carvalho (1922-1972) na educação e na esfera pública. Destacam-se suas intervenções como professor, jornalista, gestor, pesquisador e autor, em abordagem histórica e com base em fatos e discursos obtidos em fontes documentais. Resulta desse investimento a construção de uma imagem mais delineada e complexa do biografado, cuja trajetória expressa, em atos e palavras, as tensões e contradições da condição de intelectual.
RESUMO O artigo aborda a história da construção da Cidade Universitária Armando de Sales Oliveira, em especial o período compreendido entre a fundação da USP, em 1934, e a década de 1960. Nesse período, vários projetos foram elaborados, em princípio pautados pela integração entre as áreas do conhecimento, mas que resultaram num campus marcado pelo isolamento. O objetivo é compreender por que foi abandonado o que havia sido estabelecido no decreto de fundação da USP, em especial no que diz respeito à promoção do “espírito universitário” na construção do campus.
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