Agradeço, primeiramente, a Deus, pela oportunidade de poder me dedicar ao estudo de um tema tão caro para mim e que apesar da acentuada evolução da medicina, ainda deixa muitas perguntas sem respostas. Agradeço ao meu orientador, professor Dr. João Batista de Miranda e ao Professor Dr. Alberto Cliquet Junior, por acreditarem em mim, me aceitarem como aluno e estarem sempre dispostos a mostrar o caminho. Agradeço ao amigo Vagner Clayton de Paiva sem o qual esta história não teria o começo, juntamente com o Thiago Mendes Golin e Thiago Soares Coutinho, nobres ortopedistas que auxiliaram na coleta e organização de dados. Agradeço a Professora Dra. Carolina Rimkus por participar da interpretação dos dados estatísticos, essenciais para este trabalho. Agradeço aos internos do curso de medicina da universidade São Camilo que participaram enriquecendo este trabalho através de suas dúvidas e seu apoio sempre presente. E por fim, agradeço enormemente, a minha amada esposa Ana Tereza, que se dedica a mim, ao João Guilherme e ao Henrique e que, desta forma, nos permite seguir nossos sonhos. RESUMO Introdução: A lombalgia possui alta incidência e prevalência na população mundial e grande parte desses quadros é inespecífica. Acredita-se que uma parcela dos casos de lombalgia inespecífica tenha origem discal, mas a exata correlação entre a gravidade da degeneração do disco intervertebral (DI) e o quadro clínico da lombalgia crônica inespecífica não é totalmente conhecida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de piores graus de degeneração do DI conduzirem a uma pior avaliação em questionários de dor e disfunção. Método: 85 pacientes com lombalgia por mais de 12 semanas, tiveram suas imagens de ressonância magnética (IRM) avaliadas, sendo quantificada a degeneração discal pela classificação de Pfirrmann. O grau de degeneração em cada DI de L1-L2 a L5-S1, o máximo grau de Pfirrmann (Pfirrmann-máx.) entre os discos lombares e a somatória da classificação de Pfirrmann (Pfirrmann-soma) para cada paciente foram correlacionados (teste de Spearman) com o Índice de Incapacidade de Oswestry (IIO) e a escala visual de dor (EVA). Resultados: Em 87% dos pacientes o Máximo Pfirrmann encontrado foi maior ou igual a 3, sendo os discos mais degenerados L4-L5 e L5-S1. Foi encontrada alguma correlação entre Pfirrmann-máx. (r = 0,330; p= 0.002) e Pfirrmann-soma (r=0,266; p= 0,037) e IIO, e entre o grau de degeneração em L1-L2 e as escalas IIO e EVA. Conclusão: Foi frequente a degeneração discal lombar moderada ou acentuada em indivíduos com lombalgia crônica em nossa amostra e provocou um impacto de piora da qualidade de vida no questionário de dor e incapacidade. Graus leves de degeneração discal no segmento L1-L2 podem estar correlacionados a graus mais elevados de dor e incapacidade nestes pacientes. Palavras-Chave: Qualidade de vida; disco intervertebral; coluna vertebral; imagem por ressonância magnética; lombalgia.