2016
DOI: 10.15603/2176-0985/mandragora.v22n2p5-30
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Muxes: entre Localidade e Globalidade Transgeneridade em Juchitán, Istmo de Tehuantepec

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“…Ao mesmo tempo, os zapotecas não são uma sociedade isolada e apresentam diversas formas de contato -e mesmo hibridização -com as construções sociais ocidentais, inclusive marcadores de gêneros e sexualidades, conforme discutiu Stefanie Graul (2019). Apesar de existirem conteúdos que se preocupam legitimamente em mostrar uma visão mais fidedigna do que encontram na cidade, como é o caso dos dois documentários citados acima, é comum encontrar nos materiais de cunho jornalístico uma perspectiva sensacionalista a respeito das muxes, como relata a pesquisadora Luanna Barbosa (2016) a partir de suas observações em campo. Construiu-se todo um imaginário em torno das figuras das muxes, muito por conta dessa disseminação midiática com alto grau de distorção da realidade que ocorre na cidade, para fins de entretenimento do público que tem acesso a esses materiais.…”
Section: Apresentaçãounclassified
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“…Ao mesmo tempo, os zapotecas não são uma sociedade isolada e apresentam diversas formas de contato -e mesmo hibridização -com as construções sociais ocidentais, inclusive marcadores de gêneros e sexualidades, conforme discutiu Stefanie Graul (2019). Apesar de existirem conteúdos que se preocupam legitimamente em mostrar uma visão mais fidedigna do que encontram na cidade, como é o caso dos dois documentários citados acima, é comum encontrar nos materiais de cunho jornalístico uma perspectiva sensacionalista a respeito das muxes, como relata a pesquisadora Luanna Barbosa (2016) a partir de suas observações em campo. Construiu-se todo um imaginário em torno das figuras das muxes, muito por conta dessa disseminação midiática com alto grau de distorção da realidade que ocorre na cidade, para fins de entretenimento do público que tem acesso a esses materiais.…”
Section: Apresentaçãounclassified
“…Primeiramente, tem-se a questão do mito criado de que supostamente toda a família desejaria um filho muxe. Barbosa (2016) Assim, as muxes ficaram conhecidas por serem as responsáveis pelos idosos, geralmente seus próprios pais, acompanhando-os durante a velhice e colocando-se na posição de cuidadoras;…”
Section: ~84punclassified
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“…Ainda que a fotógrafa a cite como homossexual, a definição acerca do que é ser uma muxe ultrapassa a barreira de gênero. Na perspectiva de Barbosa (2016), isso é essencial para que se compreenda o significado de estudar a cultura zapoteca, uma vez que as muxes são parte integrante da sociedade, ocupando funções sociais, como por exemplo tia, tio, professora, cozinheira, prostituta, filho. A autora também defende a identificação desse grupo como transgênero: Para orientar o leitor, eu arriscaria uma definição de muxe, tendo como panorama o conceito de transgênero de Letícia Lanz (2014) -para a autora, que inaugura os estudos sobre transgeneridade no Brasil, o que define a condição transgênera é a transgressão da ordem normativa de gênero.…”
Section: Luiza Possamai Konsunclassified
“…(BOTTON, 2017, p. 22) No entanto, existem discordâncias quanto a considerálas homossexuais. Barbosa (2016) considera essa uma definição equivocada, uma vez que existem muxes que se relacionam com nguiu, categoria local atribuída a mulheres masculinizadas. Em sua visão, a orientação sexual independeria da condição transgênera; além disso, "existem 'muxes-homens' e 'muxes-mulheres', ou seja, uma muxe pode viver 'vestida de homem' ou 'vestida de mulher' e não deixa, por isso, de ser muxe".…”
Section: Luiza Possamai Konsunclassified