“…(MENDES, 2002) e de uma maneira geral nas políticas de patrimonialização 5 , com conseqüências sobre o discurso da identidade(PEIXOTO, 2004).Nesse âmbito,Mendes (2002) põe em evidência a expansão dos museus em Portugal, 6 o que teria resultado na preservação de um patrimônio já considerado perdido em outras regiões.Por outro lado, o autor mostra como o significado e a expansão da museologia tem a ver com o alargamento da noção de patrimônio histórico e cultural para o que teria contribuído largamente a realidade cultural fluida que caracteriza a época e que se expressaria na convivência dos temas raça, classe, nacionalidade, com os de tolerância, solidariedade, ecologia, desenvolvimento, subdesenvolvimento, característicos do pós-modernismo(MENDES, 2002). Por outro, essa aparente convivência de contrários leva -o a constatar que se o museu já não pode ser apenas um "armazém patriótico", por outro lado a sua enorme expansão se deve também à sensibilidade relacionada à identidade e à memória(MENDES, 2002, p.207).Essa situação com incidência mundial não podia deixar de ter reflexos em Portugal, onde o leque das ofertas tem vindo a desenvolver-se principalmente os eventos culturais ao vivo Abreu (2004). revela que os espetáculos musicais performativos principalmente os designados "de agenda", têm tido numericamente o melhor desempenho representando com os festivais cerca de 84% do total, especialmente nos dois grandes pólos culturais do país, Lisboa e Porto.…”