RESUMOOBJETIVO. Caracterizar a dor crônica e os métodos analgésicos utilizados por idosos residentes na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada na região norte da cidade de Londrina (PR). MÉTODOS. Estudo transversal descritivo com todos os indivíduos com 60 anos ou mais residentes na área de abrangência da UBS, através de inquérito domiciliar. Utilizou-se como critério de dor crônica a dor de duração mínima de seis meses. Os idosos foram questionados sobre as características da dor quanto à localização, duração, freqüência, intensidade, fatores de melhora e de piora, assim como o impacto da dor na vida do indivíduo e descrição dos métodos analgésicos utilizados. RESULTADOS. Foram entrevistados 172 idosos (101 mulheres e 71 homens). A presença de dor crônica foi observada em 107 (62,21%); no sexo feminino esta prevalência foi de 69,3% e no masculino 52,1% (p = 0,004). Os idosos mais velhos -80 anos ou mais -apresentaram maior referência de dor crônica (p = 0,01), assim como os idosos com depressão (p<0,001). Os locais de maior prevalência de dor foram membros inferiores e região dorsal, com 31,25% cada, sendo que grande número de idosos referiam dor diária, contínua e de alta intensidade. Em relação aos métodos analgésicos, houve predomínio dos métodos farmacológicos, referidos por 86 idosos (80,37%), e com maior utilização de analgésicos simples (32,6%). CONCLUSÃO. Os dados mostram que há uma grande prevalência de dor crônica nessa população de idosos, principalmente nas mulheres com 80 anos ou mais e nos indivíduos depressivos. UNITERMOS: Analgesia. Dor. Doença crônica. Idoso. Centros de saúde. Estudos transversais.