Abstract:RESUMO Objetivos: descrever o cotidiano de mulheres brasileiras que exercem atividades laborais em garimpos. Métodos: estudo descritivo, qualitativo, com análise baseada na teoria do Interacionismo Simbólico. Foram realizadas observações não participantes, tessitura de diário de campo, formulário sociodemográfico, entrevistas não diretivas, gravadas e transcritas na íntegra com 19 mulheres que trabalham em áreas de garimpos na fronteira amazônica franco-brasileira. Resultados: duas categorias emergiram: Tra… Show more
“…Em Oiapoque, a TMI, de 2015 a 2020, passou de 27,72 para 18,97 óbitos infantis/1000 NV, diminuindo 31,58% (8,75). Mesmo assim, salienta-se que as TMIs do Município Oiapoque (Vermelho) ainda foram predominantemente superiores às do Estado do Amapá…”
Section: Resultsunclassified
“…A intensa e desordenada mobilidade populacional transfronteiriça, associada à dificuldade de acesso à região pelas equipes de saúde e à persistente incursão de garimpeiros e garimpeiras na floresta, favorece a rápida disseminação de doenças para população local. Os problemas de saúde em potencial incluem influenza A; malária; beribéri; leishmaniose; sífilis e outras infecções 8 .…”
As Taxas de Mortalidade Infantil (TMI) são uma proxy que identifica as condições da qualidade de vida à qual a população é submetida, pois algumas áreas do país apresentam níveis elevados desse indicador, como a Faixa de Fronteira. O objetivo deste trabalho é analisar o perfil da mortalidade infantil na cidade fronteiriça Oiapoque e do Estado Amapá, no período de 2015 a 2020. Foi desenvolvido um estudo ecológico, com base em dados secundários coletados a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram notificados 69 casos de óbitos infantis no município de Oiapoque e no Estado do Amapá 1.697. Dentre os dados o resultado do estudo revelou que 58,90% (43) dos indivíduos analisados eram do sexo masculino. As mortes infantis foram prevalentes no período neonatal precoce (0 a 6 dias) de vida no Oiapoque com 56,52% (39) e no Estado do Amapá 49,26% (836). Logo, o padrão da TMI por 1000 NV (Nascidos Vivos) o munícipio do Oiapoque, obteve as maiores taxas. A falta de registros impede que medidas de controle sejam tomadas precocemente, assim, o que prejudica uma análise mais detalhada dos dados. Os dados do Estado do Amapá e o do munícipio de Oiapoque demonstraram que as ações para garantir o acesso igualitário à assistência ao parto ainda são insuficientes, e que deslocamento intermunicipal para o parto se mostrou um fator de risco para a mortalidade infantil.
“…Em Oiapoque, a TMI, de 2015 a 2020, passou de 27,72 para 18,97 óbitos infantis/1000 NV, diminuindo 31,58% (8,75). Mesmo assim, salienta-se que as TMIs do Município Oiapoque (Vermelho) ainda foram predominantemente superiores às do Estado do Amapá…”
Section: Resultsunclassified
“…A intensa e desordenada mobilidade populacional transfronteiriça, associada à dificuldade de acesso à região pelas equipes de saúde e à persistente incursão de garimpeiros e garimpeiras na floresta, favorece a rápida disseminação de doenças para população local. Os problemas de saúde em potencial incluem influenza A; malária; beribéri; leishmaniose; sífilis e outras infecções 8 .…”
As Taxas de Mortalidade Infantil (TMI) são uma proxy que identifica as condições da qualidade de vida à qual a população é submetida, pois algumas áreas do país apresentam níveis elevados desse indicador, como a Faixa de Fronteira. O objetivo deste trabalho é analisar o perfil da mortalidade infantil na cidade fronteiriça Oiapoque e do Estado Amapá, no período de 2015 a 2020. Foi desenvolvido um estudo ecológico, com base em dados secundários coletados a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram notificados 69 casos de óbitos infantis no município de Oiapoque e no Estado do Amapá 1.697. Dentre os dados o resultado do estudo revelou que 58,90% (43) dos indivíduos analisados eram do sexo masculino. As mortes infantis foram prevalentes no período neonatal precoce (0 a 6 dias) de vida no Oiapoque com 56,52% (39) e no Estado do Amapá 49,26% (836). Logo, o padrão da TMI por 1000 NV (Nascidos Vivos) o munícipio do Oiapoque, obteve as maiores taxas. A falta de registros impede que medidas de controle sejam tomadas precocemente, assim, o que prejudica uma análise mais detalhada dos dados. Os dados do Estado do Amapá e o do munícipio de Oiapoque demonstraram que as ações para garantir o acesso igualitário à assistência ao parto ainda são insuficientes, e que deslocamento intermunicipal para o parto se mostrou um fator de risco para a mortalidade infantil.
IntroductionSocial determinants of health, such as living and working conditions, economical and environmental context and access to care, combine to impact the health of individuals and communities. In French Guiana (FG), the persons working in informal artisanal and small-scale gold mining in the rainforest are a particularly vulnerable population which lives in precarious conditions and far from the health system. Previous studies have demonstrated their high morbidity due to infectious diseases. This study aims to describe the social determinants of health in this specific population.MethodsThis international multicentre cross-sectional survey included people working on the informal FG gold mines at the crossing points located at both borders with Suriname and Brazil. After collecting written informed consent, a structured questionnaire was administered.ResultsFrom September to December 2022, 539 gold miners were included. These poorly educated migrants, mainly from Brazil (99.1%) did not have access to drinkable water (95.4%), lived in close contact with wild fauna by hunting, eating bushmeat or being bitten and were exposed to mercury by inhalation (58.8%) or ingestion (80.5%). They report frequent accidents (13.5%) and chronic treatment interruptions (26.6% of the 11.9% reporting chronic treatment). Half of them considered themselves in good health (56.4%).ConclusionThis study shows a singular combination of adverse exposures of gold miners working in FG such as zoonoses, heavy metal poisoning, aggression of wild fauna. For ethical as well as public health reasons, actions towards health equity must be considered at different levels: individual, community, environmental, systemic and global level. As end users of minerals, we must assume our responsibilities for the well-being of the extractors by including health in political decisions to engage together in global health.Trial registration numberNCT05540470.
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