“…Primeiramente, há uma avaliação de suas prórias dinâmicas de gênero e de construção de si nesses cenários. No relato de Ana, desenha-se um padrão de relação que tem sido objeto de diversos estudos que abordam a questão familiar em Cabo Verde (Carreira, 1972(Carreira, , 2000Lobo, 2012Lobo, , 2014Fortes, 2013Fortes, , 2015Monteiro, 2016;Correia e Silva, 2013;Laurent, 2016;Anjos & Furtado, 2016;Carvalho, 2016) e que nos conectam às seguinte dinâmicas de gênero: de um lado, o homem que tem um comportamento autoritário (e por vezes violento), se relaciona com outras mulheres, que vive um distanciamento com relação aos filhos e um pertencimento errático ao universo doméstico. Por outro, temos a mulher que "aguenta" (suporta) e o faz por diversas razões que são associadas ao seu papel moral: aguenta (Lobo, 2014;Furtado & Anjos, 2016;Laurent, 2018).…”