Mulheres com câncer ginecológico: significado da braquiterapia

Abstract

Objetivo: conhecer o significado da braquiterapia em mulheres com câncer ginecológico. Métodos: pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória realizada com 32 mulheres, submetidas à braquiterapia em instituição oncológica de Santa Catarina, Brasil. Na coleta de dados, entre setembro de 2017 e julho de 2018, aplicou-se entrevista semiestruturada. As comunicações foram submetidas à análise de conteúdo, incluindo regras de enumeração para análise dos dados sociodemográficos, clínicos e para quantificação dos relatos agrupados. Publicações relacionadas com o tema e a Teoria do Conforto sustentaram teoricamente a inferência dos dados. Emergiram cinco categorias temáticas, neste artigo apresentam-se três. Resultados: a categoria “O medo e as crenças pessoais no enfrentamento do câncer ginecológico e da braquiterapia” destaca o medo da morte, o desejo pela cura e o apego à família e à religiosidade; “Medo do tratamento e desconfortos relacionados” retrata as alterações relacionadas aos contextos físico, psicológico e ambiental; “Dor como significado” revela a percepção dolorosa sentida pelas mulheres em decorrência da doença ou da braquiterapia. Conclusão: conhecer o significado da braquiterapia permite que os enfermeiros possam repensar a coleta de dados e o planejamento de enfermagem para melhor educação em saúde e redução dos desconfortos.

A força e a coragem de pensar positivamente: percepções de mulheres jovens em tratamento oncológico

“…A confirmação do diagnóstico de câncer é um momento difícil na vida das mulheres e de suas famílias, pois, quando recebem a notícia, defrontam-se com uma enfermidade que carrega uma carga emocional negativa para todos esses. Dessa forma, são desencadeadossentimentos de impotência, ansiedade, desesperança e dificuldade de aceitação; surgindo a constante necessidade de utilizar-se de estratégias de enfrentamento da sua condição de vida atual, por meio de seações, como, por exemplo, informar-sesobre as fases do tratamento eprover-sede mecanismos que favoreçam a minimização de sintomas depressivos (6) .Para a mulher, enfrentar o câncer não é fácil, pois consiste em fazer novas escolhas de cuidados, ter um novo olhar diferenciado sobre a sua vida e o seu modo de viver, exigindo adaptações cotidianas impulsionadas na luta pela sobrevivência (7,24) .…”

“…Neste contexto, a mulher que vivencia o tratamento de um câncer enfrenta desde quadros de ansiedade, desconforto físico, estado depressivo, alterações na rotina, medo sobre o tratamento, até a incerteza e temor à morte (6) . Nessa perspectiva, muitas mulheres passam pela fase da negação da enfermidade, ocasionada pela tentativa de neutralizar a realidade e utilizar mecanismos de defesa para afastar as ideias estigmatizadas de doença dolorosa e com grande sofrimento, além da possibilidade de mutilação de alguma parte do corpo (7) .…”