Abstract:In this article, I take the traditional concept of context, conceived by Malinowiski and discuss the parameters of this functional category, not only in terms of its exteriority but its association with internal cognitive models. Critical discourse analysis focusing on the language as a social practice is my theoretical passport, and teaching discourse is the object of my analysis and reflection. By searching for the explicit competition between cognitive and interactional motivations inside the classroom, I a… Show more
“…Para fins de maior facilidade de análise e referenciação textual, doravante nomeio os artigos analisados nesta seção como DELTA 1, DELTA 2, DELTA 3 e DELTA 4. Seguem, entretanto, os títulos e autores dos referidos artigos: DELTA 1 tem como título "O discurso jornalístico sobre privatizações e protestos nas ruas", cuja autora é Maria Christina Diniz Leal (LEAL, 2005), da Universidade de Brasília; DELTA 2 tem como título "Motivações cognitivas e interacionais em competição: a força das palavras em contexto", cuja autora é Denize Elena Garcia da Silva (Silva, 2005), da Universidade de Brasília; DELTA 3 tem como título "Grupos excluídos no discurso da mídia: uma análise de discurso crítica", cujo autor é 9 Tem havido controvérsias acerca da tradução do termo Critical Discourse Analysis para o português. Seguindo a adjetivação "critical" do substantivo "discourse analysis", o grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília, orientados por Izabel Magalhães, adota o título Análise do Discurso Crítica (ADC).…”
A Análise Crítica do Discurso (ACD) tem sido considerada uma teoria potencial para o entendimento das relações de poder e das ideologias frequentemente presentes no discurso. Vários teóricos concordam que a ACD tem contribuído para a compreensão de inúmeros fenômenos linguísticos que, mormente, retratam hegemonias opacas, uma vez que a linguagem é um instrumento poderoso para a disseminação de conceitos preconcebidos, bem como de ideologias. No entanto, por que a ACD recebeu, nos anos noventa, críticas severas de um conjunto significativo de teóricos? Essas críticas apresentaram uma lista ampla de problemas relacionados aos métodos e abordagens utilizados por analistas críticos do discurso. Dentre essas críticas, os problemas de recepção e representatividade são tidos como os mais frequentes no tratamento dos dados feito pelos pesquisadores. Apesar de tudo isso, a determinação dos analistas críticos do discurso em apresentar uma base metodológica à disciplina teve seus resultados positivos - a ACD é hoje um ramo reconhecido da Linguística Aplicada no exterior, dentro da interface entre as Ciências Sociais e as Humanidades. Publicações recentes, principalmente as de Fairclough e seus colegas, levaram em consideração algumas dessas críticas, ao responderem pontualmente às mesmas. Contudo, no Brasil tem havido um "silêncio" em relação a essa questão, sobretudo porque os pesquisadores parecem desconsiderar tais críticas. Neste artigo, pretendo "quebrar esse silêncio" e discutir algumas dessas críticas e seus impactos na ACD e sua aplicação em pesquisas brasileiras. O objetivo principal deste artigo é perceber se algumas pesquisas em ACD no Brasil têm apresentado os mesmos problemas postos por esses críticos, através da análise de quatro artigos que usam a ACD como teoria orientadora, publicados em um número especial sobre a ACD de um reconhecido periódico brasileiro intitulado D.E.L.T.A. Os resultados indicaram que alguns dos problemas mostrados por esses críticos também aparecem nos artigos analisados, o que indica que os analistas críticos do discurso brasileiros precisam atentar para a maneira como abordam e tratam seus dados.
“…Para fins de maior facilidade de análise e referenciação textual, doravante nomeio os artigos analisados nesta seção como DELTA 1, DELTA 2, DELTA 3 e DELTA 4. Seguem, entretanto, os títulos e autores dos referidos artigos: DELTA 1 tem como título "O discurso jornalístico sobre privatizações e protestos nas ruas", cuja autora é Maria Christina Diniz Leal (LEAL, 2005), da Universidade de Brasília; DELTA 2 tem como título "Motivações cognitivas e interacionais em competição: a força das palavras em contexto", cuja autora é Denize Elena Garcia da Silva (Silva, 2005), da Universidade de Brasília; DELTA 3 tem como título "Grupos excluídos no discurso da mídia: uma análise de discurso crítica", cujo autor é 9 Tem havido controvérsias acerca da tradução do termo Critical Discourse Analysis para o português. Seguindo a adjetivação "critical" do substantivo "discourse analysis", o grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília, orientados por Izabel Magalhães, adota o título Análise do Discurso Crítica (ADC).…”
A Análise Crítica do Discurso (ACD) tem sido considerada uma teoria potencial para o entendimento das relações de poder e das ideologias frequentemente presentes no discurso. Vários teóricos concordam que a ACD tem contribuído para a compreensão de inúmeros fenômenos linguísticos que, mormente, retratam hegemonias opacas, uma vez que a linguagem é um instrumento poderoso para a disseminação de conceitos preconcebidos, bem como de ideologias. No entanto, por que a ACD recebeu, nos anos noventa, críticas severas de um conjunto significativo de teóricos? Essas críticas apresentaram uma lista ampla de problemas relacionados aos métodos e abordagens utilizados por analistas críticos do discurso. Dentre essas críticas, os problemas de recepção e representatividade são tidos como os mais frequentes no tratamento dos dados feito pelos pesquisadores. Apesar de tudo isso, a determinação dos analistas críticos do discurso em apresentar uma base metodológica à disciplina teve seus resultados positivos - a ACD é hoje um ramo reconhecido da Linguística Aplicada no exterior, dentro da interface entre as Ciências Sociais e as Humanidades. Publicações recentes, principalmente as de Fairclough e seus colegas, levaram em consideração algumas dessas críticas, ao responderem pontualmente às mesmas. Contudo, no Brasil tem havido um "silêncio" em relação a essa questão, sobretudo porque os pesquisadores parecem desconsiderar tais críticas. Neste artigo, pretendo "quebrar esse silêncio" e discutir algumas dessas críticas e seus impactos na ACD e sua aplicação em pesquisas brasileiras. O objetivo principal deste artigo é perceber se algumas pesquisas em ACD no Brasil têm apresentado os mesmos problemas postos por esses críticos, através da análise de quatro artigos que usam a ACD como teoria orientadora, publicados em um número especial sobre a ACD de um reconhecido periódico brasileiro intitulado D.E.L.T.A. Os resultados indicaram que alguns dos problemas mostrados por esses críticos também aparecem nos artigos analisados, o que indica que os analistas críticos do discurso brasileiros precisam atentar para a maneira como abordam e tratam seus dados.
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