Mortalidade Perinatal E Diferenças Regionais No Estado Do Paraná

Abstract

Objetivou-se analisar a mortalidade perinatal no Estado do Paraná. Foram analisados todos os óbitos perinatais de residentes no Paraná, de 1999-2010, constantes no Sistema de Informação sobre Mortalidade e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Foram calculadas as diferenças relativas dos coeficientes de mortalidade perinatal, fetal e neonatal precoce, entre 1999-2001 e 2008-2010 segundo Regionais de Saúde. A análise mostrou redução de 28,2% no coeficiente de mortalidade perinatal, 32,2% no neonatal precoce e 25,2% no fetal. Das Regionais de Saúde, destacaram-se a 21ª com aumento de 8,8% no coeficiente de mortalidade neonatal precoce e 1a, 8ª e 16ª Regionais de Saúde com aumento de 5,9%, 12,3% e 12,2% no coeficiente de mortalidade fetal, respectivamente. Apesar do declínio do coeficiente de mortalidade perinatal para o estado, ainda persistem valores elevados em algumas Regionais de Saúde, o que indica necessidade de aprimorar ações no pré-natal e na atenção ao recém-nascido de risco.

Vigilância e evitabilidade do óbito infantil numa capital do extremo sul do Brasil

“…A mortalidade neonatal representa o principal componente da mortalidade infantil no município, onde a proporção de óbitos neonatais em relação ao total de óbitos ocorridos entre os menores de 1 ano de idade foi de 61,15%. Os autores que investigam as possíveis causas desse fato têm apontado que a redução da mortalidade pós-neonatal está associada às melhorias na assistência à saúde, à expansão da rede de serviços básicos de saúde, ao incentivo à amamentação, às campanhas de vacinação e ao desenvolvimento tecnológico das unidades de terapia intensiva 6,17 . Também apontam a redução do componente pós-neonatal associado a fatores socioeconômicos, sugerindo que melhorias socioeconômicas, vinculadas à elevação da renda, colaboram na redução da mortalidade infantil diminuindo os óbitos pós-neonatais, mas não os óbitos neonatais 5 .…”

“…Sobre os fatores relacionados às características da mãe, o nível de escolaridade é considerado um indicador da condição socioeconômica materna e familiar e está associado aos cuidados de saúde que têm efeito significativo na mortalidade infantil: quanto menor a escolaridade, maior é o risco. A variável idade da mãe é bem relevante nos estudos epidemiológicos para a morbimortalidade infantil e está relacionada com o baixo peso ao nascer e com a prematuridade [17][18] . A idade materna também pode ser considerada um fator de risco para a mortalidade infantil para as mães com idade inferior a 18 anos 18,20 Fonte: Sinasc e SIM/EVEV/CGVS/SMS/PMPA.…”

Correlação espacial da mortalidade perinatal com condições sociais, econômicas e demográficas: estudo ecológico

“…Fato que evidencia a importância do estabelecimento de metas de redução da TMP nesta RS, com o comprometimento participativo entre gestores, profissionais de saúde e comunidade. As metas poderiam ser contempladas pela ampliação ao acesso aos serviços de saúde e com o incremento de maior qualidade ao atendimento pré-natal e ao recém-nascido de risco14 .Uma estratégia para a maximização do impacto das iniciativas é a atribuição de recursos econômicos às regiões mais precárias, para o favorecimento da ampliação do acesso aos serviços de saúde, respeitando à diretriz de equidade do Sistema Único de Saúde15 . Visto que esta necessidade é reiterada com a presente pesquisa ao identificar correlação espacial de elevação da TMP com a elevação da taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos, da taxa de fecundidade entre 15 a 17 anos e do Índice de Gini.…”