Mortalidade Materna No Brasil: Uma Realidade Que Precisa Melhorar

Abstract

O objetivo deste artigo é apresentar o perfil da mortalidade maternano Brasil nos anos de 2000 a 2009. Trata-se de uma pesquisa descritiva com dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os resultados mostram que houve aumento de 11,9% no número absoluto de mortes maternas brasileiras e no Coeficiente de Mortalidade Materna do país, de 52,29 para 65,13 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos. As principais causas dos óbitos maternos foram: outras doenças da mãe, mas que complicam a gravidez, o parto e o puerpério (17,1%); eclampsia (11,8%); hipertensão gestacional com proteinúria significativa (6,2%); hemorragia pós-parto (5,8%); infecção puerperal (5,1%) e descolamento prematuro de placenta (4,2%). Verificou-se maior número de óbitos maternos nas mulheres com 4 a 7 anos de escolaridade (23,8%), da raça/cor parda (42,7%), com estado civil solteira (53,1%) e de 20 a 29 anos de idade (41,8%). O local de ocorrência do óbito é predominantemente o Hospital (91,2%). Conclui-se que os coeficientes de mortalidade materna no Brasil apontam para desigualdades regionais, apresentando uma realidade que necessita de intervenções na área da saúde, para que se tenham indicadores satisfatórios no setor materno-infantil.

Trabalho De Parto Prematuro E Morbidades Durante a Gestação: Associação De Fatores

“…Em um estudo realizado em 2010, identificou-se que as principais causas dos óbitos maternos no Brasil, nos anos de 2000 a 2009, foram: outras doenças maternas que complicam a gravidez, o parto e o puerpério (17,10%); eclâmpsia (11,88%); hipertensão gestacional com proteinúria significativa (6,22%); hemorragia pós-parto (5,86%); infecção puerperal (5,18%); descolamento prematuro de placenta (4,28%) 15 .…”

Conhecimento De Famílias Atendidas Em Uma Unidade Básica De Saúde Sobre Alimentação Complementar

“…Já a raça/cor preta corresponde a 5,96% das mulheres brasileiras em idade fértil e possui uma porcentagem de 10,49% desses óbitos do país. Já em uma pesquisa Realizada no Rio Grande do Sul, através da RMM e Razão de Mortalidade Materna Específica (RMME), no período de 2004 a 2007, foram observados 323 óbitos maternos, nos quais houve predominância entre as mulheres da cor negra (FERNANDES, 2015;FERRAZ, 2012).…”

“…Este valor fez com que o país apresentasse RMM de 54,83 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos nesse período, diferindo fortemente das 20 mortes para cada 100 mil nascidos vivos tida como razoável pela OMS. Diante disto, observa-se maior ocorrência de mortalidade materna entre 20 e 29 anos no Brasil, o que está associado a faixa etária com a maior taxa de fecundidade no país (MENEZES, 2015;TRONCON, 2013;FERRAZ, 2012).…”

Pré-natal na atenção primária, adequação das consultas e avaliação da assistência í s gestantes: revisão integrativa

“…As mortes maternas e/ou fetais durante o parto podem, na maioria das vezes, ser evitadas se o pré-natal for bem realizado. Uma assistência de qualidade, com boa estrutura e atendimento holístico, gera bons resultados 14,15,16 . Assim, a avaliação ampla das consultas de pré-natal realizadas nas unidades básicas analisando esses quesitos, irá conceder às gestantes, aos profissionais e ao governo um progresso 1,13,17 .…”