Molecular Analysis Resolves the Taxonomy of the Laurencia Complex (Rhodomelaceae, Ceramiales) in Bermuda and Uncovers Novel Species of Chondrophycus and Laurenciella

Abstract

do Campo Alegre, s/n, 4169-007 Porto (Portugal) couverture / cover : Extraits d'éléments de la Figure 5 / Extracts of the Figure 5

Diversidade e filogenia do complexo Laurencia (Ceramiales, Rhodophyta) no Atlântico tropical e subtropical com ênfase na costa da Venezuela

“…Tradicionalmente, as espécies do complexo Laurencia foram delimitadas a partir de estudos da morfologia externa e anatômicos, o que acarretou nomes mal aplicados e citações equivocadas em diversas parte do mundo (Fujii & Sentíes 2005, Cassano et al 2012b, Popolizio et al 2022. Além da plasticidade fenotípica e da dificuldade de se observar características diagnósticas, sabe-se que, embora a diferenciação morfológica revele assinaturas do processo de especiação, ela pode não refletir a variação genética (Dobzhansky 1940), assim, a delimitação de espécies de um modo mais acurado, deve considerar a plasticidade fenotípica, as variações genéticas, ecológicas e fisiológicas que acompanham um processo de especiação (De Queiroz 2007).…”

“…Comparativamente com o rbcL, o COI-5P ainda é menos empregado para delimitação de espécies do complexo Laurencia (Kurihara et al 2010, Machín-Sánchez et al 2014, 2016, Collado-Vides et al 2018, Cassano et al 2019a, b, 2020, Sentíes et al 2019, Serio et al 2020, Hughey & Miller 2021, Popolizio et al 2022. O COI-5P é geralmente preferido para análises filogeográficas, enquanto o rbcL é preferido para inferir filogenia uma vez que é geralmente mais conservado (Draisma et al 2001).…”

“…Contudo, ramos terminais cilíndricos, às vezes, formando pequenos lobos foram descritos por Kylin (1938) Comentários: Nossos espécimes de Laurencia aff. microcladia estão de acordo com a descrição prévia dessa espécie para a Venezuela fornecida por Rodríguez de Ríos (1979) e pela recente descrição de espécimes das Ilhas Virgens Americanas e das Bermudas de Popolizio et al (2022), especialmente pelo hábito com padrão de ramificação oposta a unilateral com aspecto piramidal e ramos agrupados com aparência verticilada. A fixação do talo por ramos estoloníferos também é coincidente com a descrição dos espécimes venezuelanos de Rodríguez de Ríos (1979), embora falte nos espécimes de Popolizio et al (2022) Esparta, sendo reportada sua ocorrência sem uma descrição morfológica.…”

“…Desta forma, nós consideramos esses espécimes como uma única entidade taxonômica.A divergência entre as sequências do Atlântico ocidental e oriental (Ilhas Canárias, Espanha) variou de 2,97 a 3,29% (15-17 nt) (Tabela 17). Esses valores de divergência, embora mais altos do que o limite intraespecífico observado, estão abaixo da variação interespecífica para o gênero (3,9-6,7%,Popolizio et al 2022), assim como dos valores verificados para as linhagens de P. perforata neste estudo(3,29-4,1%). As análises morfológicas do nosso material de P. flagellifera não evidenciaram características distintas dos espécimes das Ilhas Canárias, Espanha, descritos porGil- Rodríguez et al (2010, ou mesmo dos espécimes do Brasil(Fujii et al 2006) ou de rbcL dessas coleções (Ilhas Canárias, Espanha e Bermudas) não se separaram e divergiram em apenas 0,2%.…”

“…Apesar do PTP também ser citado por esses autores como tendo uma sensibilidade a esses mesmos critérios (precisão de árvore de entrada e relação N/t), nesse estudo, esse método se configurou como substancialmente conservador, e portanto, mais robusto.As análises moleculares geradas para o complexo Laurencia com os dois marcadores foram congruentes, evidenciando uma topologia de árvore similar (Figuras 3, 5). O rbcL, como esperado, é reconhecidamente mais conservado do que o COI-5P, mostrando valores mais baixos de divergências intra-e interespecíficas(Cassano et al 2020, Serio et al 2020, Popolizio et al 2022. O rbcL é um dos genes mais empregados para inferir filogenias e distinguir espécies em Rhodophyta, tendo um número expressivo de sequências depositadas no Genbank, muitas vezes representando o único marcador sequenciado para determinadas espécies, o que demanda forçosamente o seu uso para fins comparativos.…”