Estudo transversal e retrospectivo, com o objetivo de conhecer o consumo dietético de ácidos graxos em idosos, correlacionando com sexo, idade, cidade de residência e estado nutricional. Foram utilizados 526 prontuários de idosos participantes de uma pesquisa intitulada “Envelhecimento e Qualidade de Vida: Um Estudo em Municípios Selecionados do Vale dos Sinos, RS”, os quais, após serem avaliados pelos critérios de inclusão e exclusão, resultaram em 482 prontuários utilizados neste estudo. A pesquisa foi realizada entre 2011 e 2014 com idosos de ambos os sexos, idade entre 60-79 anos, residentes de Campo Bom, Estância Velha ou Novo Hamburgo – RS. Foram avaliados dados sociodemográficos, antropométricos e consumo alimentar (R24h). A amostra caracterizou-se predominantemente pelo
sexo feminino (84,0%), idosos aposentados (87,3%), renda de dois a cinco salários mínimos (72,0%), escolaridade inferior a ensino fundamental completo (70,5%), menos de cinco anos de estudo (41,4%), moram acompanhados (35,7%), casa própria (93,2%), predominância de estado nutricional excesso de peso (55,0%) e risco muito aumentado para doenças cardiovasculares (81,5%). Podemos considerar após
a análise dos resultados, que o consumo de ácidos graxos dos idosos da região estudada, estava adequado dentro da faixa de normalidade, com exceção para a relação de consumo de ômega 6:3. A cidade de Campo Bom, mostrou melhores níveis de consumo de ácido graxo em todas as
frações lipídicas, com resultados significativos para a relação de consumo ômega 6:3 (p=0,002). As demais variáveis não apresentaram resultados significativos em
relação ao consumo lipídico.