Miastenia Gravis E Características Relevantes: Revisão De Literatura

Abstract

INTRODUÇÃO:A miastenia gravis (MG) é uma doença autoimune com expressivos índices de morbimortalidade. OBJETIVO: analisar os estudos com as principais características da MG. METODOLOGIA: Realizada uma revisão integrativa da literatura para responder à pergunta: Quais estudos descrevem diagnóstico e tratamento para MG? Com busca nos periódicos CAPES em português, espanhol e inglês, últimos 10 anos, acesso Comunidade Acadêmica Federada. Critérios de inclusão: artigos que nos resumos constassem as palavras dos Descritores em Ciências da Saúde: doença, autoimunidade, fadiga muscular e terapêutica, acesso gratuito e revisados por pares, no período de novembro de 2022 a fevereiro de 2023. Critérios de exclusão: artigos com menos de dois descritores, duplicados e não correspondessem ao estudo. RESULTADOS: Foram analisados 21 artigos elegíveis ao estudo. No mundo, a prevalência da MG é de 150 a 250 casos por 1.000.000/habitantes com subtipos clínicos: idade, sexo, patologia tímica, perfil de autoanticorpos e genética. A doença pode se manifestar em qualquer idade, acometendo mais mulheres do que homens, principalmente aquelas entre 20 a 30 anos no período perfil. Fraqueza e fadiga podem acometer grupos musculares específicos ou ocorrer de forma generalizada. Em 2021, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para MG foi atualizado pelo Ministério da Saúde objetivando melhorias no cuidado de saúde e dos recursos disponíveis no Sistema Único de Saúde e a dosagem de anticorpo antirreceptor de acetilcolina foi incorporada como auxilio diagnostico. O tratamento, salvo as raras exceções, apresenta boa resposta clínica. Corticosteroides e imunossupressores, por anticorpos contra o receptor de acetilcolina, são usados para controle dos sintomas. Em casos refratários, estudos indicam o uso de rituximabe, plasmaférese e terapia com imunoglobulina. Outros autores recomendam para MG sem timoma, a timectomia total como alternativa inovadora de cura quando realizada por robótica. CONCLUSÃO: Sugere-se estudos epidemiológicos para aprimorar o conhecimento dessa doença. O COVID-19 despertou alertas para novos estudos clínicos relacionados à MG, pois a doença seria pré-existente de aspecto subclínico ou desenvolveu-se recentemente.