“…O S. aureus resistente à meticilina (MRSA) é um problema de relevância em medicina humana, se constituindo em uma das principais causas de infecção em pacientes hospitalizados CARRILHO et al, 2007); este microorganismo também está despontando como causa de infecção comunitária em pessoas sem fatores de risco para a ocorrência de infecção hospitalar (CAPOBIANGO et al, 2007;SASAKI et al, 2007;NORMANNO et al, 2007). Em seres humanos é causa comum de infecções cutâneas superficiais e invasivas, como septicemias/ bacteremias, pneumonia, osteomielite, infecção do sítio cirúrgico e endocardite (CAPOBIANGO et al, 2007;UMBER;BENDER, 2009), restando poucas opções terapêuticas contra este microorganismo (PELLISSON et al, 2010).…”
Section: Staphylococcus Resistente à Meticilinaunclassified
“…O MRSA já foi detectado em animais de produção, aves, equinos, cães, gatos (SASAKI et al, 2007) e alimentos (WEESE;DUIJKEREN, 2010 Com o MRSA causando infecções comunitárias, os animais domésticos em contato próximo às pessoas acabaram infectando-se, o que trouxe consequências tanto para os animais como para o ser humano. A colonização dos animais foi maior entre os que visitavam hospitais ou conviviam com crianças (WEESE;DUIJKEREN, 2010).…”
Section: Staphylococcus Resistente à Meticilinaunclassified
ResumoA resistência aos agentes antimicrobianos tornou-se uma das principais preocupações para a saúde humana, mas também está se tornando problema em medicina veterinária. Os antimicrobianos são usados mundialmente para tratamento e profilaxia de doenças infecciosas em animais de produção, equinos e animais de companhia e como promotores de crescimento. Em muitos estudos observou-se que o uso de antimicrobianos em animais contribuiu para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana em humanos, pois muitas classes de antimicrobianos usadas em animais também são empregadas em seres humanos para tratar doenças graves, ocorrendo falha terapêutica, devido à transferência de bactérias resistentes pela cadeia alimentar. Alguns autores questionam se este risco para a saúde pública originouse somente do uso de antimicrobianos em animais, visto que estas substâncias são usadas na agricultura e também são encontradas naturalmente no meio ambiente. Assim a resistência bacteriana pode se desenvolver mesmo sem o uso de antimicrobianos. Logo, neste artigo, busca-se revisar o papel dos animais na transmissão de bactérias resistentes aos seres humanos e vice-versa questionando ainda a existência de outras fontes de resistência. Palavras-chave: Antimicrobianos, bactérias, resistência às drogas, animais, medicina humana
AbstractResistance to antimicrobial agents has become one of the main concerns for human health, but has also become a problem in veterinary medicine. Antimicrobial agents are used worldwide in veterinary practice for therapy and prophylaxis of infectious diseases in food, horses and companion animals and for growth promotion in food animals. Many studies have shown that this kind of antimicrobial use in animals contributed to the selection of antimicrobial resistance, because many classes of antibiotics used in animals are used to treat serious diseases in humans, causing therapeutic failure, because of transference of resistant bacteria through food chain. Some authors question if this hazard to public health originated only from the use of antibiotic in animals, since these substances are also used in agriculture and are naturally found in the environment. So the antimicrobial resistance may develop even without the use of antibiotics. Therefore, the present article reviews the role of animals in the transmission of resistant bacteria to humans and vice versa, and questions about the existence of others sources of resistance.
“…O S. aureus resistente à meticilina (MRSA) é um problema de relevância em medicina humana, se constituindo em uma das principais causas de infecção em pacientes hospitalizados CARRILHO et al, 2007); este microorganismo também está despontando como causa de infecção comunitária em pessoas sem fatores de risco para a ocorrência de infecção hospitalar (CAPOBIANGO et al, 2007;SASAKI et al, 2007;NORMANNO et al, 2007). Em seres humanos é causa comum de infecções cutâneas superficiais e invasivas, como septicemias/ bacteremias, pneumonia, osteomielite, infecção do sítio cirúrgico e endocardite (CAPOBIANGO et al, 2007;UMBER;BENDER, 2009), restando poucas opções terapêuticas contra este microorganismo (PELLISSON et al, 2010).…”
Section: Staphylococcus Resistente à Meticilinaunclassified
“…O MRSA já foi detectado em animais de produção, aves, equinos, cães, gatos (SASAKI et al, 2007) e alimentos (WEESE;DUIJKEREN, 2010 Com o MRSA causando infecções comunitárias, os animais domésticos em contato próximo às pessoas acabaram infectando-se, o que trouxe consequências tanto para os animais como para o ser humano. A colonização dos animais foi maior entre os que visitavam hospitais ou conviviam com crianças (WEESE;DUIJKEREN, 2010).…”
Section: Staphylococcus Resistente à Meticilinaunclassified
ResumoA resistência aos agentes antimicrobianos tornou-se uma das principais preocupações para a saúde humana, mas também está se tornando problema em medicina veterinária. Os antimicrobianos são usados mundialmente para tratamento e profilaxia de doenças infecciosas em animais de produção, equinos e animais de companhia e como promotores de crescimento. Em muitos estudos observou-se que o uso de antimicrobianos em animais contribuiu para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana em humanos, pois muitas classes de antimicrobianos usadas em animais também são empregadas em seres humanos para tratar doenças graves, ocorrendo falha terapêutica, devido à transferência de bactérias resistentes pela cadeia alimentar. Alguns autores questionam se este risco para a saúde pública originouse somente do uso de antimicrobianos em animais, visto que estas substâncias são usadas na agricultura e também são encontradas naturalmente no meio ambiente. Assim a resistência bacteriana pode se desenvolver mesmo sem o uso de antimicrobianos. Logo, neste artigo, busca-se revisar o papel dos animais na transmissão de bactérias resistentes aos seres humanos e vice-versa questionando ainda a existência de outras fontes de resistência. Palavras-chave: Antimicrobianos, bactérias, resistência às drogas, animais, medicina humana
AbstractResistance to antimicrobial agents has become one of the main concerns for human health, but has also become a problem in veterinary medicine. Antimicrobial agents are used worldwide in veterinary practice for therapy and prophylaxis of infectious diseases in food, horses and companion animals and for growth promotion in food animals. Many studies have shown that this kind of antimicrobial use in animals contributed to the selection of antimicrobial resistance, because many classes of antibiotics used in animals are used to treat serious diseases in humans, causing therapeutic failure, because of transference of resistant bacteria through food chain. Some authors question if this hazard to public health originated only from the use of antibiotic in animals, since these substances are also used in agriculture and are naturally found in the environment. So the antimicrobial resistance may develop even without the use of antibiotics. Therefore, the present article reviews the role of animals in the transmission of resistant bacteria to humans and vice versa, and questions about the existence of others sources of resistance.
“…Both MRSPs and MRSAs are gram-positive cocci, but MRSPs are distinctly different than MRSAs. The spread of mecA gene in S. aureus and S. pseudintermedius occur via independent routes, and hence MRSAs are distinctly different than the MRSP from an evolutionary point of view (Sasaki et al 2007). Moreover, the resistance pattern to antibiotics is different between MRSA and MRSP due to their different biological behaviors.…”
The influence of fosfomycin on methicillinresistant Staphylococcus pseudintermedius (MRSP) as the target cell was studied by atomic force microscopy (AFM). Nanoscale images of the effects of the antibiotic fosfomycin on this gram-positive bacterium's cell were obtained in situ without fixing agents. Our study has demonstrated substantial morphological and topographical differences between the control and fosfomycin-treated MRSP cells. The AFM investigations further revealed the rough surface morphology and a 30 % shrinkage in size of the fosfomycin-treated cell and the leakage of cytoplasmic components from the cell. The damage of cell membrane integrity and the cell surface degradation as observed elaborates the antibacterial activity of fosfomycin. The AFM image analysis also reveals that the fosfomycin inhibits cell division, and prevents the adhesion on the surface discouraging the biofilm attachment. The microtitre plate assay results conform to the atomic force microscopy image analysis. This is the first visual demonstration of the effect of fosfomycin on MRSP cells.
“…A la fecha, existen diversos reportes que indican que S. pseudintermedius y no S. intermedius es el principal patógeno responsable de enfermedades dermatológicas en gatos 39 . Debido a que el kit BBL Crystal ® para Gram positivos utilizado en este estudio no es capaz de diferenciar entre dichas especies 40 , no fue posible diferenciar la presencia de S. pseudintermedius en los gatos muestreados, asumiéndose que los aislados identificados como S. intermedius corresponderían a S. pseudintermedius. Para ayudar a diferenciar ambas especies, pueden ser realizadas caracterizaciones moleculares como RFLP-RPC y RPC multiplex 5,41 .…”
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.