A mola hidatiforme (MH) é uma doença trofoblástica gestacional (DTG) caracterizada pela a proliferação celular originada do epitélio trofoblástico placentário de forma desordenada. Assim, a pesquisa teve objetivo de analisar o perfil clínico e epidemiológico de grupos de gestantes atendidas em um centro de referência de mola hidatiforme do nordeste brasileiro entre janeiro de 2011 a janeiro de 2019. O estudo de caráter observacional do tipo transversal com abordagem quantitativa foi baseado nos dados dos prontuários de 174 pacientes que tiveram diagnóstico histopatológico confirmado para mola ou aborto não mola entre 2011 e janeiro de 2019. Essas foram divididas em dois grupos: mola hidatiforme, tendo as gestantes com histopatológico confirmado com a doença e ausência de mola hidatiforme, as que apresentaram restos ou material abortivo no histopatológico. Foram analisados parâmetros epidemiológicos, clínico e, laboratoriais entre os grupos. Aplicou-se a análise inferencial por meio do teste Exato de Fisher e qui-quadrado. Das 174, 66.1% foram diagnosticadas com MH e 33.9% com ausência. O perfil entre ambos os grupos de pacientes foi bem semelhante, diferindo em escolaridade, desfecho e número de consultas, níveis de β-hCG. Entre os dois grupos, houve diferença estatística entre ocupação, escolaridade, paridade, desfecho, comparecimento número de consultas e níveis de β-hCG. Conclui-se que há significante diferença estatística entre fatores socioeconômicos, ginecológicos e laboratoriais entre pacientes com aborto e mola hidatiforme.